domingo, 9 de agosto de 2009

Novo blog - clica lá

http://alinefontanella.blogspot.com

MUDANDO DE BLOG

Meus leitores têm reclamado que ando assim, devagar na atualização do blog, e eles têm toda razão. A questão é que tem tanta coisa passando pela minha cabeça, são tantas coisas pra organizar (prática e emocionalmente), ando que nem uma barata tonta!...
Não bastasse isso, resolvi tomar uma decisão que vem me deixando muito angustiada...É hora de redirecionar meus posts para meu novo blog...Não é fácil largar meu "aliflower" querido, mas, às vésperas de virar balzaca e de casar, me parece que o novo blog tem uma cara um pouquinho mais madura (pero no mucho).
Então, vejo vocês no http://alinefontanella.blogspot.com
O blog está bem lindinho, cheio de surpresinhas, acho que vocês vão gostar. Não deixem de entrar, sigam meu blog, deixem comentários, ponham nos "meus favoritos" enfim, deem uma forcinha aí, gente! Afinal, estou em crise, posso surtar a qualquer momento. Melhor não arriscar.
Grande beijo. Espero vocês lá!

terça-feira, 28 de julho de 2009

FILOSOFIA DO CAMELO


Recebi essa hoje mesmo, de uma amiga que sabe como eu adoro esse bicho de ar tão "blasé":

"Uma mãe e um bebê camelo, estavam por ali, à toa,quando de repente o bebê camelo perguntou:
- Por que os camelos têm corcovas?
- Bem, meu filhinho, nós somos animais do deserto, precisamos das corcovas para reservar água e por isso mesmo somos conhecidos por sobreviver sem água.
- Certo, e por que nossas pernas são longas e nossas patas arredondadas?
- Filho, certamente elas são assim para permitir caminhar no deserto. Sabe, com essas pernas longas eu mantenho meu corpo mais longe do chão do deserto que é mais quente que a temperatura do ar e assim fico mais longe do calor. Quanto às patas arredondadas eu posso me movimentar melhor devido à consistência da areia! - disse a mãe.
- Certo! Então, por que nossos cílios são tão longos? De vez em quando eles atrapalham minha visão.
- Meu filho! Esses cílios longos e grossos são como uma capa protetora para os olhos. Eles ajudam na proteção dos seus olhos quando atingidos pela areia e pelo vento do deserto! - respondeu a mãe com orgulho.
- Ta. Então a corcova é para armazenar água enquanto cruzamos o deserto, as pernas para caminhar através do deserto e os cílios são para proteger meus olhos do deserto. Então o que é que estamos fazendo aqui no Zoológico???"

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Moral da história:
"Habilidade, conhecimento, capacidade e experiências, só são úteis se você estiver no lugar certo!"
VOCÊ ESTÁ NO LUGAR CERTO?


Pensa bem. Não é muito mais profundo do que você imaginou?

sábado, 25 de julho de 2009

Minha vida sobre rodas - Parte 1


Na época em que dividia o carro com a minha mãe, decidi ir buscá-la no colégio (ela é professora) fazendo um charminho: botei nossa yorkshire Jade dentro do carro, no banco de trás, e abri um pouquinho a janela pra que ela botasse o focinho pra fora e curtisse o vento nos cabelos (quer dizer, nos pelos).
Nessa época, é claro, eu ainda não conhecera minha amiga Michele, cujo cão se atirou do carro.
Então lá fui eu, linda, leve e solta, fazendo curvas e flanando por aí. Ah, a sensação de liberdade de que a CNH nos dá!...Que projeto de perua nunca quis sair por aí, carregando seu cãozinho de estimação no carro, o peludo olhando, com ar blasé, pro mundo lá fora? E quem nunca imaginou rodar pelas estradas, meio "Thelma e Louise", meio "born to be wild", vento nos cabelos, o som dos pneus no asfalto, as pessoas te olhando com ar de...
Que cara é essa?
Ao fazer a curva em frente ao colégio, eu reconheço um rosto: Um amigo gira os braços no ar, boquiaberto, pulando. Estranho...
E não é que, num lampejo de sabedoria, eu finalmente olho pelo retrovisor (sim, ele existe para isso) e vejo ela, a Jade, voando ao lado do carro.
Yesssss, ela voava paralelamente ao veículo, presa unicamente pela coleira em que eu a havia prendido e que engatara no "p...m..." traseiro.
Pânico geral no Colégio Farroupilha. Crianças gritavam (ou riam, não sei bem), o guardinha apitava. "Dizus"!, pensei.
Pobre da Jade. Estava ofegante, quase infartou.
Mas, lá no fundinho, acho que ela até piscou pra mim e disse: "valeu".
Praticamente um salto de pára-quedas.
Ah, esses cães radicais...O que é que a gente não faz para agradá-los?

quarta-feira, 22 de julho de 2009

MEU "AMIGO" DUNGA


Depois de 15 anos, finalmente tive a oportunidade de dizer ao Dunga(o técnico, não o anão) que gastei um rolo in-tei-ri-nho de filme da máquina (se você nasceu na década de 90, é capaz de nem lembrar o que é isso) tirando fotos do nosso então capitão levantando a taça pela conquista da Copa de 1994. Detalhe: eram fotos das imagens da televisão. Nenhuma delas saiu (fiquei com 24 fotos da tv e só), mas essa parte eu resolvi omitir. Sabe como é, ele podia ficar decepcionado...
Eu achei que ele era um Dungão, mas ele é baixo e usa gola rulê (daquelas que só ficam bem em tipos altos, magro, bonitos e hollywoodianos), mas foi muito simpático e, bem, pude finalmente contar essa minha "façanha" pro protagonista. Eu achava ele o máximo!
Até então, tinha que conviver sozinha com isso, meu pai me lembrando do episódio, volta e meia. Acho que ele queria usar o rolo de filme pra tirar fotos de outra coisa, sei lá.
OBS: Não, crianças, naquela época não havia internet, senão eu teria poupado o filme e baixado essa imagem diretamente da web...

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Aventura no MARGS


Aventura: Me despenquei, na 2a feira, pro MARGS, com a Mônica Leal (Secretária de Cultura do RS), pra abertura da exposição do Realismo na França. Sobre o evento em si, aguardem, porque já mandei um texto pra South Star. É imperdível!
Observações paralelas? Muitas!
Me diverti horrores. Corri que nem uma doida atrás da Mônica (veja bem, eu estava VIP, mas AINDA sou meio da ralé, então não dava pra desgrudar, sob pena de ficar pra trás do cordão...). Apesar de esse mundo da política ter um certo glamour quando se trata do 1o escalão...Olha, dá um trabalho danado! Primeiro, porque chegar até lá não é fácil. Exige dedicação e horas, muitas horas da vida particular perdida em prol do trabalho público. SEgundo, porque exige esforço pra levar adiante seus projetos. Terceiro -e pior de tudo - requer estômago pra agüentar tanta falsidade e "puxadas de tapete".
Mas, bem, esse não era o mote da noite. Podem me chamar de deslumbrada, eu não ligo. A Governadora lembrou do meu texto e me gritou "Energia!". Me achei, e não venha me dizer que você não sentiria o mesmo, por mais PSOL roxo que seja. Não bastasse isso, pude acompanhar de pertinho a 1a volta pelo acervo, e ouvir todos os comentários dela. Ela é muito engraçada, chega a desconcertar as pessoas mais formais com alguns comentários mais despojados. Adorei!
Ainda, conheci o Sr. Berard (ele propriamente não me conheceu, mas tudo bem), o dono de diversas das obras. Simpaticíssimo, é um cara digno de se admirar.
E havia o curador, o francês que não conseguia se comunicar e pro qual eu servi de tradutora por alguns minutos.
E mais um monte de figuras diferentes, uma diversidade quase tão grande quanto a das telas espalhas pelo museu.
O mais incrível, contudo, é que as pessoas realmente gostam de ficar perto de quem tem poder. Era aquele séquito atrás delas - da Governadora e da Secretária - porque as pessoas as conheciam. É fantástica a habilidade que as pessoas desenvolvem para papagaio de pirata (eu também: dá uma olhadinha lá no fundo da foto que saiu na ZH!)O Berard, que deve ser mais rico que todos os deputados juntos, não é cara conhecida, até ficava meio de lado.
E no meio disso tudo, havia Miró, Picasso, Renoir. E tinha Van Gogh, Matisse, Dali.
Não bastasse isso tudo, ainda tive a rara oportunidade de cantar em altos brados La Marseilleise, decorados lá nos meus distantes anos de Colégio Anchieta, Inacreditável! Que noite bem louca!

quinta-feira, 9 de julho de 2009


Acho que ando sofrendo de um branco criativo. Sabe aquela coisa bem de filme, um escritor à beira de um ataque de nervos porque sim-ples-men-te não consegue criar?
POis então.
Guardadas as proporções,acho que ando sofrendo disso também. Mas minha teoria é de que eu não tenho dado tempo para inspirar-me.
Sim, porque a inspiração - por mais espontânea que pareça - precisa ser alimentada.
Venho pensando nisso há tempos: É preciso alimentar a alma, para que ela "floresça".
Tenho perdido tempo demais na organização de projetos pessoais. O que não é nada ruim, é claro, mas é preciso sempre parar e respirar um pouco, pra que se possa olhar esse exato momento que está sendo vivido.
Temos 5 - CINCO - sentidos (ne verdade, sou da corrente que acredita que eles são 6), mas pouco os utilizamos no dia a dia para atribuições que não aquelas que garantem a nossa sobrevivência: cheirar o requeijão da geladeira para constatar que já está vencido; olhar todas as vitrines do shopping para poder comparar os preços das liquidaçoes de inverno, tatear no escuro pela maçaneta da porta antes de sair de fininho de casa; espichar o ouvido e exercitar o máximo da sua audição para escutar a briga dos vizinhos, e por aí vai.
Mas, em decorrência de algumas mudanças na minha vida, tenho pensado, pensado demais, tentado entender coisas que, bem, talvez simplesmente não façam sentido.
É preciso ouvir música. É preciso ler livros. É preciso ver filmes e obras de arte. É preciso ouvir os sons da natureza e usar todos os nossos sentidos para perceber cada pequeno imenso detalhe do mundo que nos cerca. É preciso abraçar árvores! Sim, nunca fiz isso, mas dizem que é fantástico! (saiu no jornal: tem uma senhora que jura que é longeva porque se deita diariamente no parque...)
Profundo demais? Que nada! Isso seria bem mais simples, mas a gente vive tornando tudo mais complexo.
O maior exemplo somos nós, mulheres, quem dá: Existe algo mais do estilo "quero complicar a minha vida, mas não sei bem como" o que resolver questionar a relaçao? Pelamordedeus, se vocês se amam, se ele é um cara trabalhador e que te respeita, dá pra relevar as meias atiradas pela casa ou a versão inverossímil da reunião de negócios bem-na-hora-da-final-do-campeonato. Você não suporta coisa muito mais dramática das suas amigas?
A gente definitivamente complica demais.
Para alguns, essa densidade da vida pode gerar obras fantásticas. Talvez seja coisa de gênio artista.
Eu ainda preciso da inspiração daquilo que me "toca" a alma.

sábado, 27 de junho de 2009

Homens


Eu amo meu noivo, meu pai, meus amigos homens. Adoro as conversas despretensiosas, o jeito como eles se esculacham e continuam se gostando (na verdade, me parece que quanto mais se xingam, mais se adoram). Invejo, sinceramente, a devoção deles aos amigos, a capacidade de se entregar a um programa que é só deles. Acho fantástica a a total, completa e absoluta concentração em um único foco, quando se trata de futebol, jogos em geral, panes elétricas ou mecânicas e coisas afins. SEm falar na força física. Realmente, viver sem eles não dá. Já cansei de precisar de ajuda pra carregar 38 pastas até o arquivo.
Mas, apesar de tudo isso, eu ainda acredito que, no estágio evolutivo do ser humano, eles ainda pertencem a um nível em fase anterior à, bem...à das mulheres.
Sim, venho desenvolvendo essa teoria e cada vez encontro mais adeptas(evidentemente, as seguidoras da minha tese são mulheres, salvo o meu pai, que foi obrigado a concordar com ela aqui em casa).
Falta-lhes capacidade para "sentir" o ambiente, para evitar um mal estar coletivo, a sutileza de evitar confrontos e reestruturar o clima.
Ainda, a mesma capacidade de absorção so impede de fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo. Lembra da última vez em que algum deles conseguiu tratar de 11 assuntos ao mesmo tempo? Aliás, eles também adoram ignorar uma conversa que não lhes interessa - enão é por mal, é por simples falta de capacidade de atentar a algo além do poker na tv.
Já viu homem cuidado de criança? É de arrepiar até o dedinho do pé os riscos a que as expomos em tais circunstâncias! (excluo, é claro, os pais separados, que pela necessidade da vida, tiveram que desenvolver habilidades maternas. São, pois, mais evoluídos!)
Eles ainda têm certa dificuldade em vibrar com as pequenas bobagens da vida, e se são pegos num dia de mau humor (o que, em geral, equivale a um dia com notícias financeiras desfavoráveis)infernizam logo a criatura que os recebe de braços abertos. E, pior, não abrem a boca pra desabafar!(apesar de saberem que a gente gosta tanto de falar sobre sentimentos, mesmo os problemáticos).
Aliás, quantas vezes nós temos um dia dos infernos, mas chegamos em casa, tomamos um banho, botamos um sorriso no rosto e um decote no colo e lá vamos nós, lindas e amáveis - porque, afinal, ele não tem nada a ver com a desgraça do teu dia? E aí, quando foi mesmo que algum homem conseguiu desvincular as agruras do cotidiano da vida particular? Aham...
"Prevenir" é outra palavra que poucas vezes é usada no vocabulário deles. Fazer exames preventivos, checkups, acompanhamento médico regular...Pra quê? Só fazem quando levam um susto. Alimentação saudável? Medidas para evitar o stress? Qualidade de vida? Só depois do primeiro milhão! Depois não sabem porque as mulheres vivem mais. "Prevenir" erros na relação, crises familiares? Difícil, eles só reagem após a perda. Antever conseqüencias? Só se for no campo de guerra do XBox.
No fundo, contudo, talvez eles consigam passar por esse mundo com menos carga emocional - ela nos faz mais felizes, mas também nos pesa muito. Então, em que pese todas essas pequenas imperfeições, talvez seja caso de relevar tudo isso e dividir a "bagagem" com nossos fortões, afinal.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Debut, c'est si bon

Publicada na revista do clube Associação Leopoldina Juvenil, junho de 2009.
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Lembro até hoje quando meu pai ligou para avisar que havia conseguido me inscrever no début do clube. Sempre é concorrido, e, como você só pode debutar aos 15 (aos 14 tudo bem, mas não existe debutar aos 19!), não dá pra perder essa oportunidade. Só por isso já seria uma experiência única.
Début significa, em francês, “estréia”. Ou seja, debutar é um ritual de apresentação ao “mundo” já como mulher, apta para participar da vida social. A sua origem remonta ao tempo em que a nobreza européia comemorava os 15 anos de suas filhas com uma grande festa de apresentação à sociedade. E um dos objetivos era também possibilitar o approach de um bom pretendente.
Hoje a idéia já não tem nada a ver com arranjar casamento para a filha. As meninas são bem mais espertas e têm muito mais que os dotes necessários para ser uma “moça casadoira”. Ao contrário, não querem nem pensar em casamento tão cedo: A noite é longa - vai até o café da manhã, ou você vai perder a chance de tomar Nescau de vestido de festa? - ainda há todo o baile (e muitos carnavais) pela frente. Os pais, por outro lado, querem mais é manter os tais pretendentes bem longe de suas princesas pelo maior tempo possível. De preferência, até a comemoração de seus 40 anos (da filha, não do pai. Pode perguntar em casa, mas há o risco dele pedir para você virar freira).
O baile é a “cereja do bolo”, mas debutar envolve muito mais do que noite em si. São meses de eventos dos mais diversos e que começam a mostrar à debutante um mundo todo novo que está à sua espera. São aulas de etiqueta, maquiagem e moda, de valsa (essa não pode faltar, sob pena de se pisar em todos os pés pelo caminho), palestras, viagens em grupo. É como um rápido intensivo para a adulta que você logo virá a ser.
Não bastasse isso, dizer ainda que é uma oportunidade para ampliar o círculo de relacionamentos é pouco. Daqui saem amizades verdadeiras e pra vida inteira, assim como a lembrança desse momento.
E anos depois – no meu caso, lá se vão mais 15 desde os meus 15 – é tão bacana ver que, mesmo com o passar do tempo, a gente não muda tanto assim. Bem, talvez a gente tenha mudado, digamos, um pouquinho só, mas acredito piamente (e, por favor, ninguém me conteste) de que foi para melhor . Afinal, o début é isso mesmo, só uma estréia, uma “provinha” do que virá pela vida.
Pensando bem, foi tudo tão bom que vou comemorar meus 30 como “duplo 15”, quem sabe até sugerir ao clube que crie o baile do bi-début? Quem debutou, vai me entender e – aposto - vai querer participar também.

(obs: um beijo para minhas amigas debutantes)

quarta-feira, 17 de junho de 2009

RAINHA DO LAR


Você já parou para pensar na origem dessa expressão? Eu não, mas a resposta veio num "insight", no dia em que minha mãe voltou de uma viagem, depois de 1 mês no exterior.
Sim, acreditem: minha mãe passou um-mês-in-tei-ri-nho-fo-ra!!! E deixou o pai sob nossa (minha e da minha irmã Luiza)guarda.
No início, as coisas parecem fáceis, praticamente uma aventura temporária, durante a qual todos vão aprender algo enquanto o tempo passa, tranqüilamente. Ledo engano.
A mãe - em regra (ou, ao menos, como regra na MINHA casa) - é o sustentáculo básico da sobrevivência humana. Não querendo diminuir a importância do meu pai, que é o máximo. De forma alguma. A diferença é a seguinte: assim como nas empresas, na escola, na vida em geral, existe o homem-líder e a mulher-líder. Ambos têm suas qualidades natas e imprescindíveis para que as pessoas desenvolvam suas habilidades o máximo possível. Qualquer estímulo positivo é sempre benéfico, e tendo essas duas fontes básicas, o ser humano pode se desenvolver à sua potência máxima.
Mas...
Não há ordem, nem rotina, nem realidade concreta sem a mãe em casa. É a ela que recorremos na hora de chorar, de descansar, de dividir e até de brigar (brigar com o pai? eu, hein?). É ela quem mantém o "clima" da organização: não adianta deixar o cartão do Zaffari, o telefone do dentista, e a lista de afazeres, a coisa simplesmente não anda em linha reta!
Vá lá, a vida continua e as pessoas se viram, tropeçando pelo caminho, trôpegos em zigue-zague. Mas até o homem forte da casa sai do rumo e perde o prumo.
É a falta não do pulso, nem daquilo que o bombeia, mas daquilo que segura tudo junto e o mantém em harmonia e em total funcionamento. E, em geral, sequer notamos, de tão bem que funciona. Ah, o lado ruim da eficiência!...
Não por acaso, se diz popularmente que "Deus escreve certo por linhas tortas". É verdade, não tenho dúvida. Muito pai (e o meu, inclusive, com todo o mérito)vai se virando e criando e mantendo a família de uma forma admirável.
Mas, convenhamos...Se fosse uma "Deusa" a escrever tais linhas, aposto que elas seriam bem retinhas!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

10 COISAS QUE NOS TIRAM DO SÉRIO


1 - Sair da manicure e estragar a unha em algum momento entre botar o casaco com os dentes, tirar a chave do carro de dentro da bolsa com o nariz e ligar a ignição com o cotovelo.
2 - Ser avisada, às 19h55', que aquela jantinha informal de aniversário é, bem, no restaurante mais chique da cidade. E que estão passando pra te pegar em 5 minutos.
3 - Carro estragado (não deveria ser coisa só de homem?)
4 - Estar atrasada e ter que correr de salto.
5 - Ficar bonita pra um evento, mas descobrir que saiu em todas as fotos com os dentes roxos de tanto vinho.
6 - Gente que te prende na conversa te puxando pelo braço.
7 - Rasgar a meia-calça antes de entrar em audiência. Ou descobrir que a calça está rasgada (acontece...)
8 - Vendedora esnobe
9 - Pane no computador (parece que nosso cérebro está diretamente ligado ao sistema - não tem mais jeito, pane no computador ocasiona pane cerebral)
10 - Chegar em casa estressada do trabalho às 19h30, tomar banho, lavar o cabelo, secar, maquiar (base, pó, delineador, rímel y otras cositas más), escolher a roupa, trocar a roupa, voltar pra roupa inicial, trocar de bolsa, estar pronta 28 minutos depois e...ficar esperando a carona que se atrasou. Aaaaaargh!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

DAS COISAS BELAS


Um dia desses, tive o privilégio de sair para jantar com meus avós. Eles ficaram faceiros da vida (parêntesis: se você ainda tem avôs, aproveite cada-minuto-de-cada dia...Perdi um dos meus 4 avôs ainda vivos apenas ano passado, sou uma felizarda de ter podido aproveitaá-los por tantos anos). Enfim, passeando no shopping, meu vô insiste em querer comprar jóias pra minha vó. Eu grito no fundo: "Dá pra miiiiiiiiiiiiiiiiim!!!!!". Ao que minha vó "larga", sem arrogância nem pretensão de fazer tipo: "tantas coisas belas no mundo das quais não preciso...".
Quase caí dura com tamanha realidade despencando em cima de mim. É verdade que preciso de torradeira, fogão e geladeira, afinal, estou montando uma casa (a lava-louça é discutível, mas, a meu ver, faz parte do time dos "essenciais"). Mas também é muito, muito verdadeiro que eu não preciso mais de roupas - tenho o suficiente pra me agasalhar nesse inverno. Também não preciso de mais jóias (pra quê? Pra me arrancarem a orelha na sinaleira?) Sapato? Pasme! Acabo sempre usando a bota preta o inverno in-tei-ri-nho!
É certo que o consumo aquece a economiae faz o mundo girar. No entanto, não seria tão melhor investir menos nessas coisas que mudam a cada estação? Confessa: Você não se sentiria mais...livre?
Se eu tivesse dinheiro sobrando hoje, admito, montaria a minha casa. Mas aí também faz parte do ser humano querer o melhor para si. Depois disso, gastaria satisfazendo minha sede de conhecimento, minha vontade de desbravar o mundo. E aí, se excesso houvesse, acho que me dedicaria mesmo à filantropia. E hoje penso isso do fundo do meu coração.
Minha vó tem razão: há coisas lindas, mas desnecessárias. Tudo é fugaz demais para nos atermos a essas pequenas coisinhas da vida, que podem nos ser levadas a qualquer momento sem que isso sequer nos atinja na alma. Isto é, não fazem parte do que somos, porque o que é NOSSO, ninguém leva assim.
Acho que falta à nossa geração um pouco de ideologia social e política, um pouco da ilusão de que é possível mudar o mundo. Nem que seja só um pouquinho. Nem que seja só deixando de ter coisas belas para fazer coisas lindas.

domingo, 31 de maio de 2009

QUEBRANDO PRATOS


Eu adoro os comerciais do Mercado Livre (além das músicas fofíssimas), mas essa última está demais. Eu a-do-ro a sensação que (imagino) o protagonista deve sentir ao longo das cenas. Você já deve ter visto: ele está num casamento grego, eles começam a quebrar os pratos - como é de sua tradição - e o cara ali, meio travadão, não entendendo nada. Aí, de repente, ele se anima (a coragem às vezes surge num rompante)e sai quebrando prato. E tudo mais que vê pela frente: copo, garrafa, puxa toalha, até a tv vai pro "saco". É quase um surto, mas de felicidade, de libertação pela possibilidade de romper os limites que acreditamos existir em certas convenções. Deve ser algo tipo um "teto preto", só que "branco", porque ele está muito feliz.
Todo mundo deve ter esses momentos de "extravasa". E, claro, não precisa ser nada que acabe com os bens alheios. Pessoalmente, tomar banho de chuva me faz sentir absolutamente livre (salvo nos dias em que faço chapinha). Isso e cantar a plenos pulmões (embora meu show se restrinja ao ambiente caseiro, pelo bem da humanidade).
Aliás, deve ser meio parecido com a sensação de atirar torta na cara dos outros. Ou dar banho de champagne. Só, por favor, se controlem e não inventem de experimentar isso tudo no meu casamento. Deixemos essas emoções para as propagandas de tv, ok?

terça-feira, 26 de maio de 2009

POESIA POSSÍVEL



Há muito tempo, eu tinha um caderno de frases e poesias. Não minhas, é claro, porque não tenho talento pra isso. Eram pensamentos e inspirações que eu 'catava" por aí, registrava no meu caderninho e relia, volta e meia, quando sentia necessidade de alimentar a alma.
Uma vez, li uma frase do Carlos DRummond de Andrade numa mesa de um bar em Fortaleza:
"Carlos, relaxe. O amor é isso mesmo que você está vendo: Hoje beija, amanhã não beija e segunda-feira ninguém sabe o que será".
Eu tinha 20 anos. Profundamente inspirador.
Sempre gostei dessas frases mais engraçadinhas, meio que brincando com as palavras, fazendo delas pequenas ironias doces que tornam muito mais bem humorada a perspectiva da realidade.
Um dos meus preferidos é do Manuel Bandeira, "porquinho da ïndia". E não venha me dizer que acha bobo. Leia com atenção e me diga se não é uma das interpretações mais sensíveis (e cruelmente verdadeiras) de uma relação não muito bem correspondida...
"Quando eu tinha seis anos
Ganhei um porquinho-da-índia.
Que dor de coração me dava
Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
Levava ele prá sala
Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos
Ele não gostava:
Queria era estar debaixo do fogão.
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas . . .
— O meu porquinho-da-índia foi minha primeira namorada"

Ás vezes eu me sinto o dono do porquinho da índia...
Se você anda com alguma dúvida seríssima apertando o peito, pode encontrar consolo em Lupícinio Rodrigues:
"...E por isso vivemos brigando
Toda a vida, eu e o meu coração
Ele dizendo que sim
Eu dizendo que não
". Essa é do Bar do Nito.
E quando o mundo é lhe é injusto?
"Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!"

Com Mário Quintana, nossa alma sempre pode se tornar mais leve. Não é que fuciona?
É bom se arriscar e ler poesia de vez em quando, sem se preocupar em ser saber do que se está falando. Eu não entendo lhufas de nada disso. Afinal, como diria Quintana, "A poesia não se entrega a quem a define". Ou, na verdade (e melhor ainda), "Um bom poema é aquele que nos dá a impressão
de que está lendo a gente ... e não a gente a
ele!"
Talvez porque a poesia não esteja propriamente nas palavras, mas na intenção de quem a lê.
Obs: Pro dia que você estiver realmente precisando pirar, não esqueça de João Gilberto:
" - Olha o vento descabelando as árvores!...
- Mas as árvores não têm cabelo, João
- São as pessoas que não têm poesia" (diálogo entre uma "funcionária" e o João Gilberto, acredite se quiser, conforme narra o livro "Chega de Saudade").

domingo, 24 de maio de 2009

DE QUE VALE?


Não vivi guerra nenhuma, graças a Deus. Mas já vi montes de filmes de guerra, e acredito que eles não sejam excessivamente dramáticos. Pelo contrário, devem até romancear o que seria, originalmente, horrível.
O que mais me impressiona em todos eles – e aí vou desde Tróia até o Iraque – é o valor da vida humana. O quanto ela vale numa guerra? Nada. É só mais um número na contagem final.
Não é impressionante a facilidade com que uma vida se acaba, num tiro de fuzil? Quantos sonhos, quantas expectativas se esvaem no nada? No mais absoluto vazio?
O ser humano sempre se assustou em virar apenas uma referência numérica, mas também (ou talvez por isso mesmo) sempre se deslumbrou com a possibilidade de mudar o mundo. Ainda assim, não compreendo o que leva as pessoas a se confrontarem tão abertamente por algo que sequer lhes é tão importante. Porque, na boa, importantes pra mim são a minha vida e a dos que eu amo. Mais nada. E se eles (e eu, no caso) estão seguros, me desculpe, mas de casa eu não saio. Posso até pegar em armas, sim, caso invadam meu bairro. Aliás, aí eu acredito que a raiva suba a patamares incompreensíveis.
Mas há uma grande diferença entre defender aquilo em que se acredita e defender algo...hum...abstrato?
Venhamos para um contexto mais próximo. Hoje, o que você defende? Quem você defende? Por quem você luta? Em que você acredita?
Partido político? Nhéééém...
Sua empresa? Depende do mercado, melhor não se apegar.
Alguma ONG? Confira antes as suas credenciais.
Princípios? Sim, mas eles sequer são atacados, as pessoas simplesmente os desvirtuam sem qualquer verginha na cara.
Guerras podem até ser válidas, desde que embasadas em crenças verdadeiramente defendidas. Mesmo assim, seriam elas necessárias?
Quero dizer com isso apenas que acredito que guerras não levem a nada. Aliás, nunca fui favorável a conflitos.
Ainda assim, nunca se sabe que tipo de ameaça pode aparecer na sua vida. Mas, sinceramente, elas não deveriam mover milhões de pessoas. “Guerra” pessoal? Até acredito, desde que seja contra um louco só.
Não seria muito melhor gastar tanta energia pra unir fronteiras, ao invés de demarcá-las?
Sem dúvida. Mas pra essa pergunta não tenho resposta (e se alguém souber, por favor, me avise): por que, até hoje, jamais ouvi falar nisso?

sexta-feira, 15 de maio de 2009

DONA FLORINDA


Sempre foi assim: é eu chegar do cabelereiro, que meu pai dá um grito e pergunta "cruuuuuuuzes! O que é isso???"
Já tentei cabelo estilo pantera (ao estilo do seriado, não da Volunta, que fique bem claro), rabo de Jeannie é um Gênio, coque banana, lambido futurístico. Já experimentei crespo selvagem (que é só uma forma charmosa de dizer "você ser Jane, mim ser Tarzan"). Também cheguei com frisado sereia (acuse a sua idade se admitir que viu Splash! Eu vi 36 vezes). Rolo na franja, então, é a pedida certa para ser chamada de ET de Varginha.
O que ele mais gosta, contudo, é o estilo Dona Florinda: bobs por todos os lados, o que cai absolutamente bem com um avental todo sujo de ovo. Não adianta nem tentar evitar, fazer cara de choro, dizer que a auto-estima anda baixa, ameaçar fazendo bico. Nada, nada me salva.
Ok, com cabelo de Dona Florinda também já seria pedir demais.
O que me consola é que, bem, ele não diz isso quando me vê acordando, com cara de sono, branquela, com olheiras e cabelo de bruxa. E mau humor, é claro.
Ah, acho que meu me ama de verdade!
(Obs: escrever esse post sobre a minha mãe não teria graça. Não sei porquê, mas ela me acha linda sempre...)

domingo, 10 de maio de 2009

DODOIZINHOS


Dia desses, deparei com um texto da Danuza Leão sobre homens doentes. Quase me enfiei pra dentro da revista, tenho certeza que ela grampeou meu telefone! Era quase como se eu estivesse pensando alto: homem doente = anúncio do apocalipse. Jesus!Atire o primeiro Naldecon quem não concordar!
Sim, poucas coisas assustam mais. Primeiro, porque os homens são durões. De repente, uma dor de barriga descontrolada ou um nariz entupido simplesmente os derrubam na cama, e você se preocupa se não seria o primeiro caso de gripe suína em POrto Alegre, tamanha a intensidade do sofrimento. É uma gemeção pra lá, suspiros pra cá, a coisa deve ser séria mesmo...O mundo pára, pode desistir de assistir a novela. É um tal de chazinho pra lá, cobertorzinho pra cá, e todo o tipo de mimo possível para curar mais rapidamente a enfermidade (a essas alturas, você já está realmente desesperada para curá-lo...). Esqueça tentar ler ao seu lado, porque tem que apagar a luz. Não dá pra ver a novela, vai ter que ser o programa preferido dele, que é pra dar um ânimo, vai que assim ele recupera a cor? Comidinha? Claro, tem que ser especial pro doentinho.
Minha mãe diz que nem filho dá tanto trabalho. Afinal, toda a estrutura da casa se mobiliza para atender o enfermo.
Maaaaas...Às vezes a coisa é séria mesmo, e você sabe disso só pelo fato de ele ficar ali, inerte (não que isso seja a coisa mais incomum do mundo, mas não estou falando da inércia "assistindo jogo de futebol", que se se caracteriza por um "desligamento temporário das funções secundárias de audição masculina, por ex., ouvir o relato sobre o dia da namorada").
Então, quando ele estiver atirado num canto, imóvel e pálido, sem sequer emitir um som de reclamação porque você está vendo a Maya e o Raj dançarem, e aparentando que está, simplesmente, agradecido por você estar ali...sim, a coisa é grave, gravíssima!
Atenção, já pro pronto-socorro!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

CANINOS




Às vezes é melhor parar de refletir sobre a vida, então hoje eu decidi não escrever, simplesmente porque...meu coração se encantou com as fotos desses cachorros de peruca.
Pelamordedeus, é um fox albino? um golden no parlamento inglês? um chiuaua metido a marilyn monroe? um
Nãããoooo! É UM PUG PSICODÉLICO!!!!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

O eterno exercício do (re)descobrimento


Eu adoro a inocência dos iniciantes. Iniciante de qualquer coisa, há sempre uma mistura de fascinação com o desconhecido e medo de fazer tudo errado. A-do-ro, com todo o meu coração.
Já falei que acho que o que nos envelhece é perder o jeito pra descobrir novos "mundos" (ou achar novas formas de redescobrir o velho?). É isso que nos mata aos pouquinhos, perder o brilho de viver.
Já parou pra pensar que a gente diz mesmo que "fulano perdeu o brilho de viver..."? POis é, porque a gente deixa de se ENCANTAR, de brilhar com certas coisas que caem pelo nosso caminho. Banalizamos a experiência cotidiana de surpreender-se.
Quando o coração endurece, um bom exercício, por exemplo, é participar de entrevista para contratação de estagiário. Às vezes, prefiro nem falar, é bom ficar só ouvindo o encantamento do candidato - em geral, inexperiente, e isso não é nenhum demérito pra quem está, justamente, começando essa caminhada profissional. Contidos ou não, os olhos brilham com a possível perspectiva da contratação. Tudo é novidade. Ingressar no mercado de trabalho é, para o estagiário, o mesmo que nascer pro mundo. Ainda sem vícios, ainda sem rancores ou frustrações, qualquer projeto é um desafio, qualquer roubada é um tropeço conquistado.
Espero que o tempo me dê mais experiência, mas me roube a pretensão de ser cética demais. E, quem sabe, me permita abrir os olhos pra concluir, diariamente, que cada dia é uma nova e insólita jornada. Não quero estar dormindo na janelinha, nem desatenta à cor da paisagem.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Se se morre de amor?


Pois é, parece que o romance acabou...Dizem as (más?) línguas que o Brad abandonou a Angie, cansado do seu temperamento egoísta, e saiu de mala e cuia de sua casa na França (deve ser realmente triste abandonar a casa na França...).
Engraçado...Dava pra sentir que isso ia acontecer, né? (especialmente depois dos rumores de que ela havia dado uns “sopapos” na babá, por ciúme).
Na verdade, dificilmente amores explosivos duram para sempre. É simplesmente insustentável se um dos dois tiver um mínimo de sanidade mental e de amor próprio.
Eu adoro a Angelina, acho ela uma coisa de linda, admiro a sua dedicação pelas causas humanitárias, acho cool essa coisa de ter 1.001 filhos e ainda ser sexy, but...está na cara que ela tem um desequilíbrio emocional. Ela simplesmente parece ser ser “too much”.
É ai que quero chegar: nada que é demais é bom. Até mesmo no amor é necessário equilíbrio. Amar demais é bom. Às vezes. Porque se é só demais, você se anula, você sofre, você toma medidas drásticas e faz demais por alguém que não é você. O jogo, volta e meia, precisa inverter, deixa o outro amar demais por uns dias.
Por outro lado, amar de menos é triste, é pobre, é...vazio.
Dizia Pascal que "a paixão não pode ser bela sem o excesso: ou se ama demais, ou não se ama o suficiente". Está certo, ele está falando de paixão. Mas você sabe, né? A paixão, baby, a-ca-ba. Fisicamente falando, ela não pode mesmo persistir, senão você morreria (sim, veja, é portanto possível morrer de paixão), isso é cientificamente comprovado. O nosso corpo simplesmente não agüentaria tantas horas de sono perdidas, tanta palpitação, tanta ânsia...por mais de 18 meses!!!
No entanto, o mundo é sábio e fez ser ainda melhor o que vem depois. Mas isso só SE a pessoa for, de fato, "o seu número".
Até lá, tudo é ilusão. É só com o tempo que você descobre que ele deixa rastros de cueca pela casa, que ela ACHA que vai fazer você aposentar-se de seu posto de jogador sênior (vitalício?) do time de futebol do clube. Você descobre que ele arrota (bem-vinda à vida como ela é). Ela tem ataques de raiva quando sai de casa se achando feia (mas e não é a mesma cara de todos os dias?). A lista é infindável e cada um tem a sua.
Agora, imagine se você casa com a mulher mais sexy-linda-bombshell do planeta, se apaixona loucamente porque ela realmente é meio louca, o que deve ser instigante, but...People don’t change, e aquela mesma personalidade dominante e atraente agora começa a se tornar opressora, e tudo o que você tem vontade de fazer é de sair correndo.
Passou a paixão e o Brad descobriu que a Angie é temperamental demais pra um cara que tava curtindo ser pai?
Tudo bem, ele deve ter os motivos dele. Mas, quer saber? Aposto que ele também arrota. E tem chulé.

sábado, 25 de abril de 2009

BlogBlogs.Com.Br

MENS SANA IN CORPORE SANO


Depois de 53 dias, tomei uma decisão radical: cancelei meu contrato na academia. Isso, não adianta tentarem me demover, já estou decidida. Se a bunda cair, caiu. Paciência. Nunca achei que tivesse talento para Solange Frazão mesmo.
Não foi uma decisão fácil: os 30 estão chegando e, pra piorar, ando em CEPC (Crise Existencial Pré-Casamento). Largar a academia não significa que eu vire sedentária, pois tenho aula de dança 3 x por semana, a que me dedico com todo carinho. E aí, epa!, tocou o sinal amarelo: Por quê razão eu ainda deveria me OBRIGAR a ir levantar peso no final do dia – e, veja bem, estou falando de, inclusive, levantar peso estando de quatro (ai, Jesus!) – depois de já levar tanto “peso” nas costas ao longo de dias intensos de trabalho? Por que me impor mais este sacrifício diário, já que desnecessário e opcional?
É certo que nada é melhor que musculação pra dar aquele “up” no corpinho, eu admito (se alguém tiver outra tática, POR FAVOR me avise!), mas aí já vira uma questão de prioridade, e eu definitivamente prefiro ir “tapeando” do que gastar horas preciosas de leitura, de descanso, de conversa jogada fora com a família, enfim, fazendo qualquer outra coisa que me dê prazer. Não é opressora essa imposição só pelo corpo?
É que é tão bom descobrir, já adulta (e desiludida com os esportes, pois eu nunca fui boa em qualquer um deles) algo que você tem vontade de fazer todo-santo-dia, que te impõe desafios constantes e faz você ver como é possível aprender e dominar novas técnicas. O seu cérebro trabalha, pois a exige-se concentração, memória e a criação de todo um novo raciocínio para assimilar o novo. Você brilha de alegria.
Então, mulheres trabalhadoras e estressadas desse Brasil, que já passam horas batalhando por aí e ainda conseguem tempo pra passar cera na virilha (ui!, sacrifício mor pela vaidade feminina), passar os 14 cremes “básicos” por dia e ser intoxicadas só pra ter cabelos lisos (isso tudo já deveria ser sofrimento suficiente dedicado à beleza!), não seria tão bom se ao menos o exercício obrigatório – porque, sim, devemos praticar algo, pela saúde física e mental – não decorra de algo que se goste de verdade?
A bunda pode até não chegar ao nível do derriére da Sabrina Sato, mas a felicidade que você extravasa e o prazer de sentir-se bem e realizada certamente atraem muito mais coisas boas (e, bem, eu também não ganho salário pra ser gostosa).
Que fique claro: não estou fazendo apologia à barangagem! Mas, há que se ter limites quando o que está em jogo é a nosso próprio bem estar.
Não por acaso, já se diz desde Roma antiga: “Mens sana in corpore sano”. Não deveria ser isso o mais importante?

quinta-feira, 23 de abril de 2009

o que fazer com tanta garrafa????


Essa é pras minhas amigas que bebem: aproveitem as garrafas na sua decoração!
Bisbilhota lá: http://bloglaemcasa.com.br/?p=343#comment-3667

Dá pra fazer abajour com garrafão de vinho.

Outra ideia - mais manjada, mas eu adoro! - é usar as garrafas como castiçal de vela! Só que tem que ter muuuuuita paciência, porque leva muuuuita vela pra derreter até criar o efeito bacana da garrafa com as mais diversas ceras. Isso se alguém não resolver lavá-las antes (foi o que aconteceu comigo...)

INSPIRE YOURSELF


Eu devia retomar o assunto Susan Boyle, mas como todos os fenômenos da mídia, de repente eles simplesmente cansam. Então, Susan, vou esperar a sua próxima apresentação cair no youtube.
A verdade é que ando meio sem inspiração. Não é por acaso. O ritmo de vida apertou, é pressão intensa no trabalho, correria, stress por todo lado. Que todos passamos por um momento de crise, todo mundo sabe. Só que se, num primeiro momento, o caos impõe alguma ação (vale até dar passinhos pra trás pra depois dar outros pra frente, ora), após um tempo, a perda de fôlego cansa. Simples assim. Ou você já experimentou fazer jogging sem ter resistência suficiente pra correr mais que 03 quadras?
Só que é bastante difícil inspirar-se correndo atrás da máquina. Não é tarefa fácil abrir o coração e os sentidos para o que acontece ao seu redor, quando tudo o que você deveria estar fazendo é assentar a cabeça, focar no resultado e produzir, produzir, produzir. Mais resultado com menos custo. Run, Forest, run!!!!!!!
Até que você se dá conta que vem repetindo mesmo padrão robótico há dias: acordar-trabalhar-comer-dormir (tomar banho também, diga-se de passagem). Mas e isso lá é viver? Pior: será que isso ajuda a desenvolver o “buraco” onde você (e, provavelmente, todo o mundo) se meteu? Não é a criatividade a melhor forma para gerar alternativas aos caminhos até então trilhados? E onde fica a inovação? Serão os períodos negros sempre apáticos?
Talvez seja simplesmente necessário botar a cabeça pra fora d’água, tomar fôlego e seguir a maratona. Mas vou tentar correr de peito aberto e voltar mais inspirada. Há coisas demais por aí pra deixarmos passá-las despercebidas... (há mais coisas entre o céu e a terra do que julga a nossa vã filosofia????)

terça-feira, 21 de abril de 2009

SUSAN BOYLE

Essa eu devo à minha amiga Mary, correspondente do blog em LA (que chique!), que me avisou que o mundo inteiro só tem falado nisso: o fenômeno Susan Boyle. Assistam o vídeo primeiro, depois isso vai render um post. É de arrepiar!

domingo, 19 de abril de 2009

SHOPPING ADICTED


Acabei de assistir "Os delírios de consumo de Becky Bloom", o que eu achava que era quase um dever de blogueira. O filme é bom de OLHAR - Nova York é sempre competente como coadjuvante, é gostoso ver lugares bacanas e tem as roupas, é claro. Ah, as roupas...
SE, por um lado, o filme deixa a desejar na hora de explicar o que é leva alguém a suprir suas inseguranças por meio da compra compulsiva, ao menos serve pra mostrar que você, amiga, que estoura o cartão de crédito pra ter todas as peças hits da temporada (e que se tornam ultrapassadas logo na próxima - "soooo last season..."), faz as contas mais mirabolantes pra bater a compra com a data de vencimento, acha que apesar de ter o armário atrolhado ainda precisa de só mais uma blusinha, e se atrasa porque PRECISA parar naquela liquidação que te atropelou no caminho, bem, VOCÊ NÃO ESTÁ SÓ!
Talvez só agora as pessoas estejam se dando conta de que a compulsão por compras, essa necessidade descontrolada é, sim, um vício. A diferença é que se não faz mal pro pra sua saúde, faz mal pro seu bolso. Pensando bem, daí pra fazer mal pra sua saúde é só um pulinho. Haja paz de espírito na hora de abrir a fatura do Visa!
Então, ó, se você anda se consolando na base da comprinha (provavelmente, você disfarça dizendo pra si mesma que é só mais um presente, afinal, você merece...), mais cedo ou mais tarde, algo vai estourar. Na prática, é mais ou menos como compensar a ansiedade com chocolate, mas aí, o que estoura é a "tanga"...
Ainda não sei o que pode ser pior. Melhor respirar fundo e passar bem longe das vitrines. E dos ovos de páscoa! (mas eu também correria como uma louca se estivesse na porta daquela mega-liquidação, pelamordedeus!)

terça-feira, 14 de abril de 2009

Da série "FILOSOFANDO"


Responda rápido: os homens não nos escutam porque jogam videogame, ou jogam videogame para não nos escutar?

domingo, 12 de abril de 2009

E SE A VIDA TIVESSE TRILHA SONORA?


Tenho certeza que ela seria (ainda) mais memorável.
Há muito tempo, veiculavam uma propaganda da Rádio Alegria (ih...) em que um homem e uma mulher se cruzavam numa rua movimentada, ao som de buzinas, ambulantes, conversas esparsas. Aí os olhares deles se cruzavam e aquele momento ficava ali, suspenso no ar, até que cada um seguia seu caminho e a sua vida. Ao som da buzinas. Normal.
Versão 2: A mesmas cena, embalada com uma música romântica. Ok que era uma das que tocavam na Rádio Alegria, mas fazia TODA a diferença. A mesma cena corriqueira se tornou poética, como se o destino tivesse os levado só para aquele instante.
Isso explica o sucesso da cena inicial de “Closer”, linda de cortar os pulsos.
Firme nos meus princípios, comecei a usar efeitos sonoros em viagens. Pensa, você está usando um sentido a mais para “sentir” o clima do local.
Experimenta chegar em Nova York e ouvir “start spreading the news...”. Ou se perder por Londres ouvindo Oasis. Liverpool pede Beatles, e isso é o óbvio ululante. Chega a ser quase um sacrilégio caminhar em Ipanema sem cantarolar Vinicius de Moraes. Seria como Paris sem Piaf.
Juro por Deus, até pra chegar em São Paulo acho que combina “Alguma coisa acontece no meu coração...” Só faltou, efetivamente, atravessar a Ipiranga com a Avenida São João. Mas aí também já seria demais...
A música expressa aquilo que não conseguimos explicar, é puro sentimento. E isso acaba trazendo um elemento totalmente emocional pra cada cena da qual participamos. A vida pode ter trilha sonora, e ela torna tudo mais mágico e inesquecível. Não por acaso, todo primeiro beijo acaba ganhando uma música tema. Não é piegas.
Ou não seria fantástico se cada reconciliação fosse embalada por um sertanejo pra lá de brega? Se a cada reencontro se (re)ouvisse aquela música especial? E aquele momento de tristeza não muito pior com música de cortar os pulsos? Ou se sair do mar trouxesse um reggae por tabela? E ressaca não combina com...nesse caso, melhor curtir um silêncio e um paracetamol.
Saca os fones de ouvido ou aumenta o som da caixa e experimenta botar esse tempero na sua vida. Até ficar no trânsito fica mais interessante.
Aliás, num dia de mau humor, temporal e tranqueira, pula direto pra “Riders on the Storm”. Você não estará sozinho!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

PRINCESAS MODERNAS - CRÔNICA PUBLICADA NA REVISTA SOUTH STAR/MARÇO 2009


O casamento já estava marcado, mas ainda faltava pedir a minha mão, perguntar se EU queria.
Aí você me pergunta por que era necessário todo esse ritual, se sou tão moderninha? Primeiro, porque acredito em ritos de passagem. Segundo, porque sou uma romântica. No fundo, crer que princesas, quer dizer, mulheres não se importam com essas coisas é papo-furado.
Observe que o ato-falho de “falhado” não tem nada! Toda mulher, em algum momento da vida, sonha em ser encontrada pelo seu príncipe encantado (lembrem-se, nenhuma mocinha “caça” seu pretendente - ao menos jamais me leram essa historinha), ser por ele carregada em seu cavalo branco (ok, dados os problemas de trânsito, aceitamos até meios alternativos de transporte) e ser feliz para sempre. E ainda que você pense que “dessa água não beberei”, alguma coisinha lá no fundo ficou com sede, sim. Olhe ao redor: todo mundo quer estar com alguém especial.
E não são só as mulheres que precisam crer nessas idéias fantasiosas. Os homens também. Ninguém casaria se não tivesse, ao menos, uma fagulha de amor no coração e um lapso de expectativa de que aquela paixão é para sempre. É ou não? Diga que não, e vou concluir que metade da população casada é masoquista.
É fato que nem tudo são flores. Como diria o poeta , “a felicidade é uma pluma que o vento vai levando pelo ar...voa tão leve, mas tem a vida breve, precisa que haja vento sem parar”. Há momentos de crise, há momentos de bonança. Até a bolsa despencou e nem a inabalável América se mantém em lua-de-mel com sua economia.
É preciso esforço, sim, mas não há vitória sem sacrifício. Importa é não perder de vista o objetivo maior, que é, no final das contas, criar laços verdadeiros e fazer uma história pra chamar de sua. Ainda que o príncipe encantado, em alguns dias, esteja um pouco mal humorado. Mas ele será o seu príncipe rabugento, com seus defeitos e suas qualidades. Assim como você, aliás, que também tem seus dias de bruxa malvada.
Não tem problema. Se vocês estiverem em descompasso nesse dia (príncipe rabugento e bruxilda não costumam se entender), você atira as suas tranças pela janela e sai pra dar umas voltas. No cavalo branco dele mesmo. Ou no seu próprio carro. Afinal, quem tem mão pra dar, tem poder suficiente pra ser, também, dona do seu próprio nariz.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

E SE UM GRANDE PRAZER ROLA PELO AR?


Pois e essa agora? Um estudo concluiu que o botox pode fazê-lo mais feliz. Calma. A pesquisa comparou um grupo de pessoas que injetou essa substância e outro que fez peeling (meninos, este último consiste numa aplicação de ácido que provoca a descamação da pele da sua mulher, de forma a eliminar as células velhas. Ou seja, às vezes você pode, sim, chamá-la de jararaca). Depois de um tempo, apesar de todas as pessoas estarem satisfeitas com o efeito estético obtido, as do primeiro grupo apresentavam mais sinais de bom humor. Sabem por quê? Porque o botox paralisa os músculos que demonstram expressões de preocupação, raiva ou stress. Tá, e daí? Isso quer dizer que a injeção paralisa o cérebro também?
A verdade é que cada vez mais me convenço que pensamentos e atos positivos criam uma energia favorável ao seu redor, e isso se dissipa e atinge outros níveis inconscientes (ainda não compreensíveis para pessoas no meu nível de evolução) e, quiçá, até coletivos, trazendo de volta, de alguma forma, a mesma forma de energia, ato ou pensamento.
Não li “O Segredo”, mas sempre acreditei nisso. Como já diziam os Beatles muito, muito antes do best-seller ser lançado, “and in the end the love you take is equal to the love you make”. Ou seja, no fim das contas, o amor que você leva é o amor que você gerou. E isso vale para todas as áreas da vida.
Conversando com uma amiga, ela me contou que leu um livro que explica que o inconsciente não diferencia a intenção com que palavras e pensamentos são elaborados, vale dizer, se você insiste, ainda que de brincadeira, que você é azarado...Hummm, não fale isso nem de brincadeira (daí a já manjada expressão popuar), o seu cérebro pode levar a sério e se “viciar” nesse tipo de atitude.
Aí, sim, entra a teoria do filme “Quem somos nós?”: Na medida em que você gera determinado tipo de pensamento, por exemplo, as rebimboquinhas-das-parafusetas das células (perdoem-me, mas meu conhecimento na área de biologia nunca foi dos mais admiráveis) ativadas por tal raciocínio são incentivadas a se multiplicar no seu organismo, gerando, ora, mais desse mesmo pensamento. É um ciclo que pode ser vicioso ou virtuoso, cabe a você escolher o tipo de atitude que você quer ter.
Escolha fazer o bem e ser gentil: Você verá como isso te trará de volta a mesma energia boa. Escolha tomar injeção na testa: Extinguir o hábito de fazer careta, pelo visto, gera o hábito de ser feliz.

domingo, 29 de março de 2009

SOBRE CACHORROS E GATOS


Tive que passar uns dias com um gato pela primeira vez na vida (só pra esclarecer, estou falando do tipo peludo que não faz a barba e mia, ok?).
Não sei quanto a você, mas fui criada em meio a cachorros, muito cachorros. Foram sheepdogs, bassets, daschunds...yorks, pastores e vira-latas...
Cachorros são tão previsivelmente fofos. Até mesmo de um pitbull eu aprendi a gostar (mesmo depois de ele ter rasgado minha meia-calça de cima abaixo, foi excesso de carinho). Mas, até então, jamais convivera com um gato.
O gato não é um simples bicho. Ele é um felino, que te encara com aquele olhos - como dizer isso sem ser redundante? - de gato. Fica à espreita, rondando, esperando o momento de mostrar quem manda no pedaço.
Tamanha desconfiança me fez agir com cautela. Em território alheio, sabe-se lá quando você pode levar o "bote" e acabar arranhada de cima abaixo. Sequer a própria dona escapa (mandíbulas à parte, se fosse o pitbull, já teriam mandando sacrificar).
Então iniciamos o combate velado: ambos testando os limites um do outro, estabelecendo regras silenciosas e conquistando o respeito alheio. Tudo "por baixo dos panos" (no caso do gato, literalmente, pois notei uma certa preferência dele em ficar escondido embaixo dos meus lençois! Sacana...)para que a dona dele - minha amiga - não percebesse nossa disputa.
No início, optei pela força bruta. Fechei o quarto e era isso. Aqui você não entra, bichano. Não adianta, ele é rápido como só os felinos podem ser, e à menor fresta, ele se infiltra no ambiente e senta, lânguido e com olhar blasé, em cima do meu travesseiro. Jocoso.
Não é fácil vencer um gato se você está acostumada com o amor incondicional e ingênuo de um cão. Mas descobri que ele come lagartixas.
Desisti da estratégia extremada e cerquei territórios. Na mala você não mexe. estamos nos entendendo e acho que ele até ronronou pra mim.
Acho. Pode é ter reclamado e me mandado voltar pro meu devido lugar.
Gatos são charmosos e é interessante observá-los. Nem que seja do ponto de vista tático.
Mas a verdade é que gatos se acham e você só pode conviver com um deles se você for muito generoso e desapegado, e estiver ciente de que o território não é mais seu. É dele.
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Observação: Acredite se quiser, como se pressentisse a bomba que estou preparando para lançar nesse blog, botando em cheque a minha percepção do mundo felino, nesse exato instante, num ataque surpresa, ele pulou no alto do armário onde eu havia escondido todas as minhas coisinhas e quase me levou á loucura. Foi de propósito, tenho certeza. Golpe final.

segunda-feira, 23 de março de 2009

OS FURA-FILA


Poucas coisas me chocam mais do que o espertinho que fura a fila.
Antes de desenvolver o assunto, quero deixar claro: meu parâmetro são as pessoas normais, daquelas das quais se esperam atitudes condizentes com a sua intenção de conviver civilizadamente em sociedade. Excluo, portanto, os psicopatas, os loucos e os maus mesmo.
Retomando. Você está há horas (na verdade, são alguns minutos, mas o tempo é desproporcionalmente grande quando se está dentro no trânsito) aguardando, em fila única, a sua vez de fazer uma conversão à esquerda. Você está na fila, mas fica olhando pelo retrovisor, porque você sabe que algum metido a esperto vai surgir do nada, tirar um fininho do seu carro e embicar na sua frente. Parece até que ele passou rindo alto (pode até ser coisa da sua cabeça, mas é a sensação que dá).
Ou você foi à padaria e aguarda calado naquele calor ao lado do forno pela sua hora de ser atendido. E a perua sem noção chega falando no celular, fingindo que não te viu e vai logo pedindo 38 pães, 4 quilos de mussarela, 321 gramas (exatas) de peito de peru e tudo o mais que vê pela frente... Furona e sem noção!
Na prática, pode até não mudar muita coisa na sua vida. Serão apenas 8 minutos perdidos, talvez. Mas a sensação de frustração e raiva é enorme, você se sente pequeno e tolo – apesar de ser muito maior em hombridade do que aquela criatura.
O gesto pode ser pequeno mesmo, mas o furão representa aquela nesga de mau caminho, aquele ranço da falta de cultura que, se multiplicada, toma conta do mundo e acaba com as boas maneiras, com a civilidade, e com o último suspiro de paciência que nos resta no final do dia. É uma brecha que, se a gente não se esforçar pra fechar, se rompe e traz uma série de "escorregadas" socialmente inadequadas de tabela, num efeito cascata de condutas reprováveis (misconduct - ou mau comportamento - seria um bom termo). Não preciso dizer onde isso vai acabar: no Senado federal, onde, certamente, a grande maioria vai te passar pra trás...
É esse o simbolismo do furão: ele passa os outros pra trás (no caso da fila, literalmente).
Eu detesto o espertinho, mas tenhamos esperança. Lendo a entrevista da Bel Kutner na última Marie Claire, descobri o porquê. Ela conta que seu pai, o ator Paulo José (que, aparentemente, é uma pessoa com o coração de ouro) sempre lhe disse: “Mil vezes ser bobo do que ser esperto”.
É, afinal, a maioria ainda respeita a fila - símbolo óbvio do respeito à vida em sociedade.

quarta-feira, 18 de março de 2009

IT`S POKER TIME


Vivo um sentimento ambíguo. Você já ficou feliz por alguém que você ama, mas odeia essa felicidade também? Pois é...
Não me venha com amor altruísta. Aceito Jesus, São Francisco de Assis e, só pra, na dizerem que não sou contemporânea, Madre Teresa, ok. É bonito dizer que a felicidade do outro importa, sim, mas, na verdade, quem concorda?
Vamos aos fatos. Namorado viajando a Las Vegas. Jogar poker, é claro, faz sentido. Você acredita?
Quem namora um jogador (gambler soa melhor), acredita, é claro. Sequer é necessário acreditar: isso existe nele, não há nenhuma novidade.
Certo. Mas você não é um gorila no zoológico, alheio aos comentários externos. “O que acontece e Las Vegas, fica em Las Vegas”, é o que os amigos dizem. Minha resposta? Que bom, ainda bem que fica lá!
Obviamente, não sou imune ao ciúme, muito menos ao sentimento “vontade de matar quem não nos conhece e faz gracinha’, mas conheço a legislação penal e me seguro.
Passado esse momento de controlar minha própria ira, surge uma tranqüilidade infinita, uma sensação tão pura de que isso tudo é tão...é tão...mundano!
No fundo, é isso. Porque todos têm sonhos, e nossos projetos são simples assim: realizações de sonhos cultivados. Às vezes, sequer são tão bons, mas ao menos são vividos. E, quando se chega a essa conclusão – veja, sequer foi necessário entrar num transe espiritual – até essas pequenas coisas fazem sentido. Afinal, o que é o viver, senão realizar nossas (pequenas ou grandes) vontades?
É por isso que fico aqui, resignada (quem me conhece sabe o quanto dói NÃO pegar o avião), pensando que, afinal, eles também têm direito de se aventurar (embora eu, no fundo, quisesse que esse fosse um direito exclusivamente feminino, legalizado por plebiscito nacional). Não bastasse isso, vou concordar que o poker é ótimo. E é. Trabalha o raciocínio lógico, exercita a capacidade (psicológica) do blefe e ainda estimula a socialização. Como se não bastasse, pode trazer dinheiro pro leitinho das crianças.
Sim, torça por nós.

domingo, 15 de março de 2009

A MALINHA


No início, tudo é lindo. Você não dorme todos os dias na casa dele, afinal, você não é “dessas”. Assim, pra poder ficar alguns minutos a mais ao seu lado, vocês viram a noite e ele sai, sonâmbulo, pra te levar pra casa às 6h da manhã.
Com o tempo, contudo, as coisas mudam. Muitas, aliás, pra melhor. Você agora conhece a família, já convenceu seu pai de que já não tem mais 15 anos (na verdade, você é quase balzaca) e que pode, portanto, passar o final de semana na casa do namorado.
E é aí que uma companheira inseparável surge na sua vida: A Malinha.
A Malinha está sempre cheia com todos os apetrechos imprescindíveis para que você esteja apresentável em qualquer oportunidade: cremes para o rosto, corpo e cabelo, perfume, várias opções de roupa, sapatos, brincos diversos, enfim, artigos de primeira necessidade. Os homens não entendem que ir ao cinema ou pro bar bacana que abriu na cidade exige produções diferentes. Nem o brinco que “senta” com a camiseta pode ser usado com a blusa cheia de brilhos, simplesmente não combina! E caso ele resolva ir correr, você vai acompanhá-lo de scarpin??? Não esqueça de levar tênis e aquele conjuntinho bacana de suplex.
É claro que esse mini-armário portátil pesa. E não bastasse isso, você ainda carrega a sua bolsa, aquela em que cabe o mundo (o seu e o dele, porque ele sempre vai pedir pra você guardar o celular, a carteira e as chaves). Também tem o notebook, sem o qual não dá pra viver. Resultado: você virou uma árvore de natal malabarista e ambulante.
Sair do carro com tudo isso é uma arte. Exige técnica apurada, perfeita distribuição do peso e noção exata de espaço e tempo (pra calcular o momento de sair pela porta e deixá-la bater sem entalar na saída e tampouco cair de cara – e sem mãos – no chão). Passada essa fase, você tranca o carro (sua especialidade é apertar o alarme com os dentes) e ruma em direção à porta da casa. Evidentemente, apesar de você já tê-lo avisado, ele demora demais no banheiro e esquece que você está lá, na chuva, esperando pra entrar (você pode ter a opção B e possui a chave, mas ainda é mais fácil ficar parada pegando chuva e esperar abrirem a porta do que desenvolver a técnica avançada de virar a fechadura com o nariz). Enfim, você chega, sobe as escadas com seus 9 quilos extras, e ele não entende, é claro!, porque você está irritada. Como é que você pode esperar que ele entenda, então, como você espera o momento de morarem juntos? Ora, ele acha que é porque todas as mulheres são iguais, só querem casar.
É isso, baby, é isso. Faça tudo isso, uma vez só. E não precisa nem usar salto, ok?

sábado, 14 de março de 2009

Vontade de salvar o planeta


Quantas vezes você já parou pra pensar a ameba que você é, sentada na frente da tevê, vendo tanto problema nesse mundo, enquanto a sua bunda continua cada vezmais quadrada? Várias. E em todos esse momentos, não te dá uma vontade enorme de mudar o mundo, de ter poder suficiente pra acabar com tanta injustiça? E aí, o que você faz? Já sei: NADA!!!
Pois é, eu também, mas isso me irrita um pouco. Então resolvi tomar uma atitude radical: dei um clique no computador e me cadastrei no Greenpeace. Só isso já me deu a sensação de que o mundo está um tantinho mais saudável e que, bem talvez eu já tenha conseguido salvar um arbusto da Amazônia. Ué?
Você pode ser colaborador filiado e contribuir com a causa, ou ajudar da forma que der.
Sou um ser verde agora, então ajudei encaminhando uma carta pro Presidente Lula, a favor de uma série de medidas ambientais positivas a serem seguidas pelo nosso governo.
POsso ser só mais uma. Mas sou uma a mais, e, aos poucos, isso pode fazer alguma diferença.
Vai lá também: http://www.greenpeace.org/brasil

sexta-feira, 13 de março de 2009

O PODER DO DINHEIRO


Não há liberdade tão verdadeira como a liberdade financeira. Eu sei que isso não soa poético, mas a verdade nem sempre desce redondo.
Ninguém precisa ser rico pra ser “livre” (nesse sentido, veja, porque a escravidão, me disseram, já acabou), mas é necessário que entre o suficiente pra bancar os próprios sonhos, sem ninguém ter que questionar se você pode ou não. Mesmo que isso signifique entrar no cheque especial.
Conheço uma menina cujo sonho é botar silicone. Não questione sua decisão, sonho é sonho e ninguém tem nada com isso. Ela é linda, mas encasquetou que suas amigas loiras, de olhos azuis e peitudas chamam mais atenção (só quero deixar claro, essa podia mesmo ser a minha história, porque tenho várias amigas Barbies assim). Todo mundo acha uma bobagem, que não precisa, que ela tem um rosto lindo, que ela ponha o airbag duplo depois, blá-blá-blá. Ok, ou você tem peito, ou tem a auto-estima bem robusta. Mas e daí se a guria quer ir atrás dos seus peitos, herrrrr, quer dizer, sonhos?
Só que isso implica em $$$, o que requer esforço (a não ser que você seja herdeira – cargo, aliás, ao qual já me candidatei para a próxima encarnação. Entra na fila!). Vai explicar pro gerente do banco que você precisa de um empréstimo porque o seu ego anda abalado...
Por outro lado, já dizia Janis Joplin que “freedom is just another word for nothing else to lose”. E agora? Por outro lado, em um mundo tão dinheirista, livre é aquele que nada tem a perder? Ali, você está sendo contraditória!
Que nada! Minha teoria é que se você nada tem a perder, você ganha muito mais: ou porque tem talento e se permite correr atrás das oportunidades; ou porque há algo muito maior em jogo e que, bem, não tem preço.
Dizem que o desapego, aliás, é uma das orientações do budismo, no caminho da felicidade. Eu acredito mesmo nisso, embora o meu ser ainda não esteja preparado pra abrir mão de óculos de grife, roupas bacanas e outras coisinhas tolas que me fazem felizes. Ah, quanta involução nessa minha alma!...

quarta-feira, 11 de março de 2009


Quem me conhece sabe que sou eclética mesmo pra música. Na verdade, gosto de qualquer coisa que toque de verdade o coração, e isso pode ser desde Beatles a Ramones, Carla Bruni, Pachelbel ou Vitor e Leo. E é a esses que edico esse post. Como é que pode não fazer sucesso uma baladinha sertaneja com esse refrão:

"...Não sei dizer o que mudou
Mas, nada está igual
Numa noite estranha a gente se estranha e fica mal
Você tenta provar que tudo em nós morreu
Borboletas sempre voltam
E o seu jardim sou eu"

Todo mundo se identifica, rima e essas borboletas ainda têm algo poético.

Agora, vamos combinar...Isso não te lembra aquela frase que já rolou muitas vezes pela internet nos últimos 08 anos (tipo, quase desde que a rede existe na nossa vida): "Não corra atrás das borboletas; plante uma flor em seu jardim e todas as borboletas virão até ela" (D. Elhers)

Tudo bem, também não dá pra esperar tanto do Vitor e Leo, né? Basta que estejam tocando alto na minha caixa de som.

GLUTEN FREE


ALIFLOWER TAMBÉM É SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA!
Você sabia que a intolerância ao glúten é mais séria – e também mais comum – do que você imaginava? SE é que você algum dia já pensou nisso. Nem eu.
Pois, recentemente, uma amiga me contou que descobriu ter intolerância a glúten. Aliás, muito pior: Me contou que é celíaca. Argh! Que nome horrível!
Talvez por isso a grande maioria das pessoas leigas nos assuntos de saúde ainda não abriu os olhos para essa doença. Porque impressiona o fato de que, apesar da obrigação legal para que TODOS os alimentos industrializados informem se contêm ou não glúten, em vigor desde 2004 (Lei 10.674/2003), ainda não tenha havido uma reação forte do por parte da sociedade para incentivar a não utilização de glúten.
Trata-se de uma patologia autoimune que afeta o intestino delgado de adultos (ou seja, você pode ter e não saber) e crianças geneticamente predispostos, ocasionada pela ingestão de alimentos que contêm glúten, ou seja, qualquer coisa que tenha trigo, aveia, centeio, cevada e malte. Peraí? Isso não é, tipo, tudo? Ou quase?
De fato, foi exatamente essa peculiaridade que me assustou, já que o único tratamento possível é a restrição total a tais ingredientes.
Gente, pizza, pastel, salgadinho, cerveja, massa, pão, comidas mais do que enraizadas na nossa cultura alimentar passam a ser vetadas. Principalmente porque é raro – e caro! – o alimento feito com farinha sem glúten (como, por exemplo, de milho). E, em alguns casos, não basta comer menos, simplesmente não se pode comer qualquer coisa que contenha ou que tenha passado perto de glúten (nem inventa de tomar um suquinho naquela tulipa de ceva, é diarréia na certa!). Veja, a dieta do celíaco praticamente impede uma vida social normal. Principalmente porque a oferta de produtos voltados para esse público é parca!
A doença causa atrofia das vilosidades da mucosa do intestino delgado o que, consequentemente, ocasiona prejuízo na absorção dos nutrientes, vitaminas, sais minerais e água.
Não sou médica, mas sou “ratinha” da internet e descobri que a doença celíaca é a doença genética mais comum da Europa (na Itália, 1 em cada 250 pessoas tem a doença; na Irlanda, 1 em 300), mas ainda não há estatísticas no Brasil. O site da Associação dos Celíacos do Brasil (http://www.acelbra.org.br/2004/doencaceliaca.php) diz que a doença atinge cerca de 1% das populações que falam línguas indo-européias, mas o número pode ser maior, porque muitas pessoas são não-diagnosticadas.
Ok, não quero semear o pânico, mas apenas abrir os olhos da sociedade para esta doença (ou quem sabe sensibilizando os “oportunistas”- no melhor dos sentidos – pode haver aí um nicho de mercado bastante rentável?) e ajudar as pessoas que, como a minha amiga, terão grande dificuldade de comer por aí porque é praticamente impossível controlar se o seu franguinho foi feito na mesma chapa por onde passou um bifão à milanesa.
Nada contra a farinha de trigo. Mas será que ela é tão necessária que sua substituição não pode ser, ao emnos, estimulada por outros tipos similares, mas não prejudiciais, pra esse contingente de pessoas?
Juntem-se à campanha NO GLUTEN FOR THE PEOPLE! GLUTEN FREE!
(mais informações também em http://www.celiaco.com.br)

domingo, 8 de março de 2009

Mulheres, o Ministério da Saúde adverte!...


Hoje é nosso dia. Atualmente, acho a data já um tanto sem razão de ser, mas como tudo, pra mim, merece ser comemorado...Por quê não?
Relembro um post já publicado, porque creio que um dos grandes entraves da mulher contemporânea continua sendo apenas ela mesma e a sua relação com as outras mulheres. É sério.
Então não custa relembrar: ter amigas faz (muito) bem pra saúde. A Oxitocina - um hormônio que, inicialmente, serviria apenas para ajudar nas contrações do parto e na amamentação - também é responsável pelo profundo vínculo que se forma entre amigas. Em situações de risco ou de estresse, a mulher tende a buscar a proteção (emocional?) das outras mulheres, de forma que há uma redução desses sentimentos doloridos, com a produção de um efeito calmante. Nos homens, estas reações não aparecem porque a testosterona tende a neutralizar os seus efeitos, enquanto os estrógenos femininos aumentam a sua produção. Ato contínuo, haveria a redução dos riscos de doenças ligadas à pressão arterial e ao colesterol - e essa pode ser uma das razões pela qual a gente tende a durar mais...
A conclusão é que ter amigas nos ajuda não somente a viver mais tempo, mas também a viver melhor, e que quanto mais amigas tem uma mulher, maior a probabilidade de ela chegar à velhice sem problemas físicos.
Se você é das que já sabiam disso na prática, não deixe de incentivar esse hábito, que faz bem pro corpo e pra mente (convenhamos, rir com as amigas faz maravilhas). Mas se você ainda é do time que acredita que amizade verdadeira entre mulheres não existe e, pior, tende a boicotar o sexo oposto, saiba que não contar com amigas próximas pode ser tão prejudicial para a saúde quanto à obesidade, o tabagismo ou o sedentarismo. Será que esse argumento poderá, finalmente, começar a diminuir a competição imposta entre as próprias mulheres?
E também há uma grande legião de mulheres que abdica de seu próprio círculo de amizades para imergir na vida de seu companheiro, para dedicar-se exclusivamente aos filhos, ou mesmo pela velha desculpa de que “não tem tempo pra nada”. Abrir mão dessa convivência tem, comprovadamente, conseqüência maléfica à sua saúde! Mais que isso, privar-se das relações mantidas entre amigas – tão alimentadas na adolescência, mas relegadas ao segundo plano na maturidade – ainda é profundamente prejudicial à individualidade. E, não tenha dúvida, constitui uma triste perda de fonte de alegrias e prazer, o que só por si já bastaria para tornar a vida mais feliz – com oxitocina ou não.

sábado, 7 de março de 2009

Tô me achando!


Preciso dividir essa, porque tô me achando.
Uma das minhas tias, a Mônica, que é a Secretária de Cultura do estado, entregou pra Yeda - siiiiiim, a Governadora!!!! - a edição de fevereiro da South Star, pra mostrar a crônica que eu escrevera ("Mãos de Tesoura"), em que me referia a ela. Diz ela que a Governadora leu, adorou, riu e saiu com ela embaixo do braço.
Ai que emoção! Será que ela vai virar minha fã? Kkkkkkkkkk!!!!
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Obs: Aliás, todo mundo sabe que eu tenho uma familia maravilhosa. Além disso, conto com tias fantásticas (e modernérrimas) que acompanham o blog e me incentivam muito. Beijão, tia Inêz! Adorei tuas observações!

MOVENDO MONTANHAS


Sempre acreditei que, antes de tudo, há o amor. Em suma, que amor gera amor, amor com amor se paga ou, como diziam os Beatles – não por acaso, estas é minha frase preferida – “and in the end the love you take is equal to love you make”.
Contudo, um mundo só de paz e amor pode ser ilusoriamente lindo. Mas é parado. Estático como um empecilho à evolução. O amor não move montanhas. Ele alimenta as árvores que a sustentam.
Pequenas experiências na vida ensinam que a raiva, por exemplo, nos faz avançar. Recentemente, um estudo comprovou que os profissionais que sentem raiva e que a usam de maneira sábia (vale dizer, em favor de si mesmo, e não contra os outros) têm mais condições de crescer no seu ambiente de trabalho, se comparados com os conformados ou com os irados.
De fato, reparar injustiças, conseguir seu lugar ao sol, fazer valer a sua idéia, tudo isso pode ser o gerador desse sentimento que, esse sim, move pra frente aqueles que o utilizam com sabedoria e coerência.
Não se pode impedir a pessoa de lutar por condições melhores para si própria – financeiras, emocionais, profissionais, etc. – pois isso seria negar um instinto primordial em todas as espécies: não só o da sobrevivência, mas também o da prevalência.
Sim, ser forte é um objetivo nobre. Se não do ponto de vista pessoal, no mínimo o é do ponto de vista evolutivo: assim vamos qualificando a espécie, sempre buscando nossa melhor performance. Você pode querer ganhar o campeonato de Mr. Músculo ou a Copa do Mundo de Xadrez, não importa. Basta que esteja buscando o melhor de si. Em qualquer um dos casos, não basta só amor, são também necessários outros ingredientes: garra, paz de espírito e, por quê não, também raiva de pensar que você pode não ganhar, ora bolas! Já pensou se o cara entrasse pensando “tudo bem se eu perder, o amor é lindo”. Poderíamos não ter disputas, mas tampouco teríamos vitórias.
Por isso, não se repreenda quando a raiva lhe subir à cabeça e você ficar quase verde. Respira fundo, pensa que isso é positivo – afinal, você está REAGINDO. Conta até 10 e aí direciona essa energia que surgiu do fundo do seu estômago (convenhamos, há algo ali, a raiva nos deixa embrulhados) para aquilo pelo qual você acredita e vá à luta! Pensa na raiva como uma mola propulsora pra um salto que te levará a uma nova fase.
Só não esqueçamos o amor. Por que talvez, dentre todos, forte mesmo seja quem o tem no coração, de verdade.