domingo, 29 de março de 2009

SOBRE CACHORROS E GATOS


Tive que passar uns dias com um gato pela primeira vez na vida (só pra esclarecer, estou falando do tipo peludo que não faz a barba e mia, ok?).
Não sei quanto a você, mas fui criada em meio a cachorros, muito cachorros. Foram sheepdogs, bassets, daschunds...yorks, pastores e vira-latas...
Cachorros são tão previsivelmente fofos. Até mesmo de um pitbull eu aprendi a gostar (mesmo depois de ele ter rasgado minha meia-calça de cima abaixo, foi excesso de carinho). Mas, até então, jamais convivera com um gato.
O gato não é um simples bicho. Ele é um felino, que te encara com aquele olhos - como dizer isso sem ser redundante? - de gato. Fica à espreita, rondando, esperando o momento de mostrar quem manda no pedaço.
Tamanha desconfiança me fez agir com cautela. Em território alheio, sabe-se lá quando você pode levar o "bote" e acabar arranhada de cima abaixo. Sequer a própria dona escapa (mandíbulas à parte, se fosse o pitbull, já teriam mandando sacrificar).
Então iniciamos o combate velado: ambos testando os limites um do outro, estabelecendo regras silenciosas e conquistando o respeito alheio. Tudo "por baixo dos panos" (no caso do gato, literalmente, pois notei uma certa preferência dele em ficar escondido embaixo dos meus lençois! Sacana...)para que a dona dele - minha amiga - não percebesse nossa disputa.
No início, optei pela força bruta. Fechei o quarto e era isso. Aqui você não entra, bichano. Não adianta, ele é rápido como só os felinos podem ser, e à menor fresta, ele se infiltra no ambiente e senta, lânguido e com olhar blasé, em cima do meu travesseiro. Jocoso.
Não é fácil vencer um gato se você está acostumada com o amor incondicional e ingênuo de um cão. Mas descobri que ele come lagartixas.
Desisti da estratégia extremada e cerquei territórios. Na mala você não mexe. estamos nos entendendo e acho que ele até ronronou pra mim.
Acho. Pode é ter reclamado e me mandado voltar pro meu devido lugar.
Gatos são charmosos e é interessante observá-los. Nem que seja do ponto de vista tático.
Mas a verdade é que gatos se acham e você só pode conviver com um deles se você for muito generoso e desapegado, e estiver ciente de que o território não é mais seu. É dele.
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Observação: Acredite se quiser, como se pressentisse a bomba que estou preparando para lançar nesse blog, botando em cheque a minha percepção do mundo felino, nesse exato instante, num ataque surpresa, ele pulou no alto do armário onde eu havia escondido todas as minhas coisinhas e quase me levou á loucura. Foi de propósito, tenho certeza. Golpe final.

Um comentário:

  1. O Drago (amigo pittbul da Ali) adorou ser mencionado no blog. Manda abraços e lambidas, auau

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