sábado, 25 de julho de 2009

Minha vida sobre rodas - Parte 1


Na época em que dividia o carro com a minha mãe, decidi ir buscá-la no colégio (ela é professora) fazendo um charminho: botei nossa yorkshire Jade dentro do carro, no banco de trás, e abri um pouquinho a janela pra que ela botasse o focinho pra fora e curtisse o vento nos cabelos (quer dizer, nos pelos).
Nessa época, é claro, eu ainda não conhecera minha amiga Michele, cujo cão se atirou do carro.
Então lá fui eu, linda, leve e solta, fazendo curvas e flanando por aí. Ah, a sensação de liberdade de que a CNH nos dá!...Que projeto de perua nunca quis sair por aí, carregando seu cãozinho de estimação no carro, o peludo olhando, com ar blasé, pro mundo lá fora? E quem nunca imaginou rodar pelas estradas, meio "Thelma e Louise", meio "born to be wild", vento nos cabelos, o som dos pneus no asfalto, as pessoas te olhando com ar de...
Que cara é essa?
Ao fazer a curva em frente ao colégio, eu reconheço um rosto: Um amigo gira os braços no ar, boquiaberto, pulando. Estranho...
E não é que, num lampejo de sabedoria, eu finalmente olho pelo retrovisor (sim, ele existe para isso) e vejo ela, a Jade, voando ao lado do carro.
Yesssss, ela voava paralelamente ao veículo, presa unicamente pela coleira em que eu a havia prendido e que engatara no "p...m..." traseiro.
Pânico geral no Colégio Farroupilha. Crianças gritavam (ou riam, não sei bem), o guardinha apitava. "Dizus"!, pensei.
Pobre da Jade. Estava ofegante, quase infartou.
Mas, lá no fundinho, acho que ela até piscou pra mim e disse: "valeu".
Praticamente um salto de pára-quedas.
Ah, esses cães radicais...O que é que a gente não faz para agradá-los?

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