terça-feira, 28 de julho de 2009

FILOSOFIA DO CAMELO


Recebi essa hoje mesmo, de uma amiga que sabe como eu adoro esse bicho de ar tão "blasé":

"Uma mãe e um bebê camelo, estavam por ali, à toa,quando de repente o bebê camelo perguntou:
- Por que os camelos têm corcovas?
- Bem, meu filhinho, nós somos animais do deserto, precisamos das corcovas para reservar água e por isso mesmo somos conhecidos por sobreviver sem água.
- Certo, e por que nossas pernas são longas e nossas patas arredondadas?
- Filho, certamente elas são assim para permitir caminhar no deserto. Sabe, com essas pernas longas eu mantenho meu corpo mais longe do chão do deserto que é mais quente que a temperatura do ar e assim fico mais longe do calor. Quanto às patas arredondadas eu posso me movimentar melhor devido à consistência da areia! - disse a mãe.
- Certo! Então, por que nossos cílios são tão longos? De vez em quando eles atrapalham minha visão.
- Meu filho! Esses cílios longos e grossos são como uma capa protetora para os olhos. Eles ajudam na proteção dos seus olhos quando atingidos pela areia e pelo vento do deserto! - respondeu a mãe com orgulho.
- Ta. Então a corcova é para armazenar água enquanto cruzamos o deserto, as pernas para caminhar através do deserto e os cílios são para proteger meus olhos do deserto. Então o que é que estamos fazendo aqui no Zoológico???"

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Moral da história:
"Habilidade, conhecimento, capacidade e experiências, só são úteis se você estiver no lugar certo!"
VOCÊ ESTÁ NO LUGAR CERTO?


Pensa bem. Não é muito mais profundo do que você imaginou?

sábado, 25 de julho de 2009

Minha vida sobre rodas - Parte 1


Na época em que dividia o carro com a minha mãe, decidi ir buscá-la no colégio (ela é professora) fazendo um charminho: botei nossa yorkshire Jade dentro do carro, no banco de trás, e abri um pouquinho a janela pra que ela botasse o focinho pra fora e curtisse o vento nos cabelos (quer dizer, nos pelos).
Nessa época, é claro, eu ainda não conhecera minha amiga Michele, cujo cão se atirou do carro.
Então lá fui eu, linda, leve e solta, fazendo curvas e flanando por aí. Ah, a sensação de liberdade de que a CNH nos dá!...Que projeto de perua nunca quis sair por aí, carregando seu cãozinho de estimação no carro, o peludo olhando, com ar blasé, pro mundo lá fora? E quem nunca imaginou rodar pelas estradas, meio "Thelma e Louise", meio "born to be wild", vento nos cabelos, o som dos pneus no asfalto, as pessoas te olhando com ar de...
Que cara é essa?
Ao fazer a curva em frente ao colégio, eu reconheço um rosto: Um amigo gira os braços no ar, boquiaberto, pulando. Estranho...
E não é que, num lampejo de sabedoria, eu finalmente olho pelo retrovisor (sim, ele existe para isso) e vejo ela, a Jade, voando ao lado do carro.
Yesssss, ela voava paralelamente ao veículo, presa unicamente pela coleira em que eu a havia prendido e que engatara no "p...m..." traseiro.
Pânico geral no Colégio Farroupilha. Crianças gritavam (ou riam, não sei bem), o guardinha apitava. "Dizus"!, pensei.
Pobre da Jade. Estava ofegante, quase infartou.
Mas, lá no fundinho, acho que ela até piscou pra mim e disse: "valeu".
Praticamente um salto de pára-quedas.
Ah, esses cães radicais...O que é que a gente não faz para agradá-los?

quarta-feira, 22 de julho de 2009

MEU "AMIGO" DUNGA


Depois de 15 anos, finalmente tive a oportunidade de dizer ao Dunga(o técnico, não o anão) que gastei um rolo in-tei-ri-nho de filme da máquina (se você nasceu na década de 90, é capaz de nem lembrar o que é isso) tirando fotos do nosso então capitão levantando a taça pela conquista da Copa de 1994. Detalhe: eram fotos das imagens da televisão. Nenhuma delas saiu (fiquei com 24 fotos da tv e só), mas essa parte eu resolvi omitir. Sabe como é, ele podia ficar decepcionado...
Eu achei que ele era um Dungão, mas ele é baixo e usa gola rulê (daquelas que só ficam bem em tipos altos, magro, bonitos e hollywoodianos), mas foi muito simpático e, bem, pude finalmente contar essa minha "façanha" pro protagonista. Eu achava ele o máximo!
Até então, tinha que conviver sozinha com isso, meu pai me lembrando do episódio, volta e meia. Acho que ele queria usar o rolo de filme pra tirar fotos de outra coisa, sei lá.
OBS: Não, crianças, naquela época não havia internet, senão eu teria poupado o filme e baixado essa imagem diretamente da web...

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Aventura no MARGS


Aventura: Me despenquei, na 2a feira, pro MARGS, com a Mônica Leal (Secretária de Cultura do RS), pra abertura da exposição do Realismo na França. Sobre o evento em si, aguardem, porque já mandei um texto pra South Star. É imperdível!
Observações paralelas? Muitas!
Me diverti horrores. Corri que nem uma doida atrás da Mônica (veja bem, eu estava VIP, mas AINDA sou meio da ralé, então não dava pra desgrudar, sob pena de ficar pra trás do cordão...). Apesar de esse mundo da política ter um certo glamour quando se trata do 1o escalão...Olha, dá um trabalho danado! Primeiro, porque chegar até lá não é fácil. Exige dedicação e horas, muitas horas da vida particular perdida em prol do trabalho público. SEgundo, porque exige esforço pra levar adiante seus projetos. Terceiro -e pior de tudo - requer estômago pra agüentar tanta falsidade e "puxadas de tapete".
Mas, bem, esse não era o mote da noite. Podem me chamar de deslumbrada, eu não ligo. A Governadora lembrou do meu texto e me gritou "Energia!". Me achei, e não venha me dizer que você não sentiria o mesmo, por mais PSOL roxo que seja. Não bastasse isso, pude acompanhar de pertinho a 1a volta pelo acervo, e ouvir todos os comentários dela. Ela é muito engraçada, chega a desconcertar as pessoas mais formais com alguns comentários mais despojados. Adorei!
Ainda, conheci o Sr. Berard (ele propriamente não me conheceu, mas tudo bem), o dono de diversas das obras. Simpaticíssimo, é um cara digno de se admirar.
E havia o curador, o francês que não conseguia se comunicar e pro qual eu servi de tradutora por alguns minutos.
E mais um monte de figuras diferentes, uma diversidade quase tão grande quanto a das telas espalhas pelo museu.
O mais incrível, contudo, é que as pessoas realmente gostam de ficar perto de quem tem poder. Era aquele séquito atrás delas - da Governadora e da Secretária - porque as pessoas as conheciam. É fantástica a habilidade que as pessoas desenvolvem para papagaio de pirata (eu também: dá uma olhadinha lá no fundo da foto que saiu na ZH!)O Berard, que deve ser mais rico que todos os deputados juntos, não é cara conhecida, até ficava meio de lado.
E no meio disso tudo, havia Miró, Picasso, Renoir. E tinha Van Gogh, Matisse, Dali.
Não bastasse isso tudo, ainda tive a rara oportunidade de cantar em altos brados La Marseilleise, decorados lá nos meus distantes anos de Colégio Anchieta, Inacreditável! Que noite bem louca!

quinta-feira, 9 de julho de 2009


Acho que ando sofrendo de um branco criativo. Sabe aquela coisa bem de filme, um escritor à beira de um ataque de nervos porque sim-ples-men-te não consegue criar?
POis então.
Guardadas as proporções,acho que ando sofrendo disso também. Mas minha teoria é de que eu não tenho dado tempo para inspirar-me.
Sim, porque a inspiração - por mais espontânea que pareça - precisa ser alimentada.
Venho pensando nisso há tempos: É preciso alimentar a alma, para que ela "floresça".
Tenho perdido tempo demais na organização de projetos pessoais. O que não é nada ruim, é claro, mas é preciso sempre parar e respirar um pouco, pra que se possa olhar esse exato momento que está sendo vivido.
Temos 5 - CINCO - sentidos (ne verdade, sou da corrente que acredita que eles são 6), mas pouco os utilizamos no dia a dia para atribuições que não aquelas que garantem a nossa sobrevivência: cheirar o requeijão da geladeira para constatar que já está vencido; olhar todas as vitrines do shopping para poder comparar os preços das liquidaçoes de inverno, tatear no escuro pela maçaneta da porta antes de sair de fininho de casa; espichar o ouvido e exercitar o máximo da sua audição para escutar a briga dos vizinhos, e por aí vai.
Mas, em decorrência de algumas mudanças na minha vida, tenho pensado, pensado demais, tentado entender coisas que, bem, talvez simplesmente não façam sentido.
É preciso ouvir música. É preciso ler livros. É preciso ver filmes e obras de arte. É preciso ouvir os sons da natureza e usar todos os nossos sentidos para perceber cada pequeno imenso detalhe do mundo que nos cerca. É preciso abraçar árvores! Sim, nunca fiz isso, mas dizem que é fantástico! (saiu no jornal: tem uma senhora que jura que é longeva porque se deita diariamente no parque...)
Profundo demais? Que nada! Isso seria bem mais simples, mas a gente vive tornando tudo mais complexo.
O maior exemplo somos nós, mulheres, quem dá: Existe algo mais do estilo "quero complicar a minha vida, mas não sei bem como" o que resolver questionar a relaçao? Pelamordedeus, se vocês se amam, se ele é um cara trabalhador e que te respeita, dá pra relevar as meias atiradas pela casa ou a versão inverossímil da reunião de negócios bem-na-hora-da-final-do-campeonato. Você não suporta coisa muito mais dramática das suas amigas?
A gente definitivamente complica demais.
Para alguns, essa densidade da vida pode gerar obras fantásticas. Talvez seja coisa de gênio artista.
Eu ainda preciso da inspiração daquilo que me "toca" a alma.