domingo, 24 de maio de 2009

DE QUE VALE?


Não vivi guerra nenhuma, graças a Deus. Mas já vi montes de filmes de guerra, e acredito que eles não sejam excessivamente dramáticos. Pelo contrário, devem até romancear o que seria, originalmente, horrível.
O que mais me impressiona em todos eles – e aí vou desde Tróia até o Iraque – é o valor da vida humana. O quanto ela vale numa guerra? Nada. É só mais um número na contagem final.
Não é impressionante a facilidade com que uma vida se acaba, num tiro de fuzil? Quantos sonhos, quantas expectativas se esvaem no nada? No mais absoluto vazio?
O ser humano sempre se assustou em virar apenas uma referência numérica, mas também (ou talvez por isso mesmo) sempre se deslumbrou com a possibilidade de mudar o mundo. Ainda assim, não compreendo o que leva as pessoas a se confrontarem tão abertamente por algo que sequer lhes é tão importante. Porque, na boa, importantes pra mim são a minha vida e a dos que eu amo. Mais nada. E se eles (e eu, no caso) estão seguros, me desculpe, mas de casa eu não saio. Posso até pegar em armas, sim, caso invadam meu bairro. Aliás, aí eu acredito que a raiva suba a patamares incompreensíveis.
Mas há uma grande diferença entre defender aquilo em que se acredita e defender algo...hum...abstrato?
Venhamos para um contexto mais próximo. Hoje, o que você defende? Quem você defende? Por quem você luta? Em que você acredita?
Partido político? Nhéééém...
Sua empresa? Depende do mercado, melhor não se apegar.
Alguma ONG? Confira antes as suas credenciais.
Princípios? Sim, mas eles sequer são atacados, as pessoas simplesmente os desvirtuam sem qualquer verginha na cara.
Guerras podem até ser válidas, desde que embasadas em crenças verdadeiramente defendidas. Mesmo assim, seriam elas necessárias?
Quero dizer com isso apenas que acredito que guerras não levem a nada. Aliás, nunca fui favorável a conflitos.
Ainda assim, nunca se sabe que tipo de ameaça pode aparecer na sua vida. Mas, sinceramente, elas não deveriam mover milhões de pessoas. “Guerra” pessoal? Até acredito, desde que seja contra um louco só.
Não seria muito melhor gastar tanta energia pra unir fronteiras, ao invés de demarcá-las?
Sem dúvida. Mas pra essa pergunta não tenho resposta (e se alguém souber, por favor, me avise): por que, até hoje, jamais ouvi falar nisso?

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