domingo, 12 de abril de 2009

E SE A VIDA TIVESSE TRILHA SONORA?


Tenho certeza que ela seria (ainda) mais memorável.
Há muito tempo, veiculavam uma propaganda da Rádio Alegria (ih...) em que um homem e uma mulher se cruzavam numa rua movimentada, ao som de buzinas, ambulantes, conversas esparsas. Aí os olhares deles se cruzavam e aquele momento ficava ali, suspenso no ar, até que cada um seguia seu caminho e a sua vida. Ao som da buzinas. Normal.
Versão 2: A mesmas cena, embalada com uma música romântica. Ok que era uma das que tocavam na Rádio Alegria, mas fazia TODA a diferença. A mesma cena corriqueira se tornou poética, como se o destino tivesse os levado só para aquele instante.
Isso explica o sucesso da cena inicial de “Closer”, linda de cortar os pulsos.
Firme nos meus princípios, comecei a usar efeitos sonoros em viagens. Pensa, você está usando um sentido a mais para “sentir” o clima do local.
Experimenta chegar em Nova York e ouvir “start spreading the news...”. Ou se perder por Londres ouvindo Oasis. Liverpool pede Beatles, e isso é o óbvio ululante. Chega a ser quase um sacrilégio caminhar em Ipanema sem cantarolar Vinicius de Moraes. Seria como Paris sem Piaf.
Juro por Deus, até pra chegar em São Paulo acho que combina “Alguma coisa acontece no meu coração...” Só faltou, efetivamente, atravessar a Ipiranga com a Avenida São João. Mas aí também já seria demais...
A música expressa aquilo que não conseguimos explicar, é puro sentimento. E isso acaba trazendo um elemento totalmente emocional pra cada cena da qual participamos. A vida pode ter trilha sonora, e ela torna tudo mais mágico e inesquecível. Não por acaso, todo primeiro beijo acaba ganhando uma música tema. Não é piegas.
Ou não seria fantástico se cada reconciliação fosse embalada por um sertanejo pra lá de brega? Se a cada reencontro se (re)ouvisse aquela música especial? E aquele momento de tristeza não muito pior com música de cortar os pulsos? Ou se sair do mar trouxesse um reggae por tabela? E ressaca não combina com...nesse caso, melhor curtir um silêncio e um paracetamol.
Saca os fones de ouvido ou aumenta o som da caixa e experimenta botar esse tempero na sua vida. Até ficar no trânsito fica mais interessante.
Aliás, num dia de mau humor, temporal e tranqueira, pula direto pra “Riders on the Storm”. Você não estará sozinho!

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