quarta-feira, 11 de março de 2009

GLUTEN FREE


ALIFLOWER TAMBÉM É SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA!
Você sabia que a intolerância ao glúten é mais séria – e também mais comum – do que você imaginava? SE é que você algum dia já pensou nisso. Nem eu.
Pois, recentemente, uma amiga me contou que descobriu ter intolerância a glúten. Aliás, muito pior: Me contou que é celíaca. Argh! Que nome horrível!
Talvez por isso a grande maioria das pessoas leigas nos assuntos de saúde ainda não abriu os olhos para essa doença. Porque impressiona o fato de que, apesar da obrigação legal para que TODOS os alimentos industrializados informem se contêm ou não glúten, em vigor desde 2004 (Lei 10.674/2003), ainda não tenha havido uma reação forte do por parte da sociedade para incentivar a não utilização de glúten.
Trata-se de uma patologia autoimune que afeta o intestino delgado de adultos (ou seja, você pode ter e não saber) e crianças geneticamente predispostos, ocasionada pela ingestão de alimentos que contêm glúten, ou seja, qualquer coisa que tenha trigo, aveia, centeio, cevada e malte. Peraí? Isso não é, tipo, tudo? Ou quase?
De fato, foi exatamente essa peculiaridade que me assustou, já que o único tratamento possível é a restrição total a tais ingredientes.
Gente, pizza, pastel, salgadinho, cerveja, massa, pão, comidas mais do que enraizadas na nossa cultura alimentar passam a ser vetadas. Principalmente porque é raro – e caro! – o alimento feito com farinha sem glúten (como, por exemplo, de milho). E, em alguns casos, não basta comer menos, simplesmente não se pode comer qualquer coisa que contenha ou que tenha passado perto de glúten (nem inventa de tomar um suquinho naquela tulipa de ceva, é diarréia na certa!). Veja, a dieta do celíaco praticamente impede uma vida social normal. Principalmente porque a oferta de produtos voltados para esse público é parca!
A doença causa atrofia das vilosidades da mucosa do intestino delgado o que, consequentemente, ocasiona prejuízo na absorção dos nutrientes, vitaminas, sais minerais e água.
Não sou médica, mas sou “ratinha” da internet e descobri que a doença celíaca é a doença genética mais comum da Europa (na Itália, 1 em cada 250 pessoas tem a doença; na Irlanda, 1 em 300), mas ainda não há estatísticas no Brasil. O site da Associação dos Celíacos do Brasil (http://www.acelbra.org.br/2004/doencaceliaca.php) diz que a doença atinge cerca de 1% das populações que falam línguas indo-européias, mas o número pode ser maior, porque muitas pessoas são não-diagnosticadas.
Ok, não quero semear o pânico, mas apenas abrir os olhos da sociedade para esta doença (ou quem sabe sensibilizando os “oportunistas”- no melhor dos sentidos – pode haver aí um nicho de mercado bastante rentável?) e ajudar as pessoas que, como a minha amiga, terão grande dificuldade de comer por aí porque é praticamente impossível controlar se o seu franguinho foi feito na mesma chapa por onde passou um bifão à milanesa.
Nada contra a farinha de trigo. Mas será que ela é tão necessária que sua substituição não pode ser, ao emnos, estimulada por outros tipos similares, mas não prejudiciais, pra esse contingente de pessoas?
Juntem-se à campanha NO GLUTEN FOR THE PEOPLE! GLUTEN FREE!
(mais informações também em http://www.celiaco.com.br)

Um comentário:

  1. Oi Ali!

    Eu conheci esta doença quando estudei na Inglaterra, há exatamente 10 anos (o tempo voaaaaa!!!!). Na casa onde eu morava tinha uma estudante espanhola que sofria de "gluten free". Pois bem, em virtude de uma lei ou tratado (não sei ao certo) da União Européia, o governo inglês enviava todo mês um caminhão (literalmente) de mantimentos para a guria, tais como: massa, pão, biscoito, pizza, iogurte, suco, etc.
    Ela não precisava gastar uma só libra!!!
    O que me impressionou não foi a doença, mas sim o tratamento que ela recebeu de um país estrangeiro.
    Enfim, se você tem o azar de sofrer de doença celíaca e a sorte de ter dupla nacionalidade, o melhor tratamento é ir morar na Europa.

    Beijos

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