terça-feira, 3 de março de 2009

A lição do Jacarezinho de Parede


Não faça troça de alguém tenha medo, quase pânico, de avião, de assalto, de estrada, de vírus. Ao menos são coisas que, em maior ou menor grau, podem botar a sua vida em risco.
Pois eu vou dizer: tenho pânico, horror de lagartixa. E se forem aquelas filhotinhas, pior ainda! Elas ainda não estão completamente desenvolvidas, e, portanto, têm menos cola naquelas patinhas grudentas. Essa é a única explicação plausível pro fato de elas viverem despencando perto de mim (ou elas apenas estão querendo chamar a minha atenção).
Pois ontem cheguei ao limite, não posso mais viver assim, refém de uma...de uma LAGARTIXA BABY!!!!
Já ando dormindo mal, mas depois que vi a diaba de cabeça pra baixo, com aquelas patinhas semi-flexionadas (não parecem?), me encarando e certamente pensando: “ó, mamãe, só com uma patinha, huahuheuaaa” (e levantando as outras três, louca pra desabar em cima de mim), fui obrigada a levantar acampamento e me mudar de quarto.
Gente, eu me mudei de quarto por causa de um réptil de 5 centímetros!!! E ainda arredei a cama do outro quarto pra longe da parede, onde estamos mais suscetíveis a...bem, você sabe, a Elas! E dormi com a luz acesa pra poder fiscalizar o teto e pegar no flagra alguma lagartixa intrusa e pára-quedista que ousasse se aventurar por ali (sim, caso ela goste de esportes radicais, o risco de se atirar em cima de você é ainda maior)!
Vejam o grau de desespero a pessoa chega, a que ela se submete por medo??? Engraçado? Isso é só um exemplo patético de como podemos nos tornar escravos dos nossos próprios temores e ser por eles completamente dominados.
Veja, eu já ouvi toda a cartilha do “Simpatizante de lagartixa”: ela é inofensiva, não pica (nem morde), come mosquitinhos e até aranhas marrons e sequer tem veneno, bactérias ou fungos que nos sejam prejudiciais. E ainda foge quando chegamos perto!
Sim, meu lado esquerdo do cérebro reconhece essas informações, mas o direito não cede, ele detesta as coisinhas grudentas.
Não sei em que momento da vida criei esse trauma, mas deve ter sido em alguma das vezes em que nos confrontamos fisicamente: eu x lagartixa.
A consciência de nossas fraquezas, contudo, é o primeiro passo para nossa vitória. Então estou decidida e confiante: na próxima vez em que nos confrontarmos, não arredarei o pé do meu território.
O que não nos mata, nos faz mais forte, afinal. Pense se você também não tem algum medo assim pra superar e junte-se a mim nessa batalha (contra si mesmo, não contra a lagartixa).

2 comentários:

  1. Aline, eu tenho a solução para teu problema, compre um gato, o Frajola come todas as lagartixas de casa, ao primeiro movimento delas, sejam grandes, filhotinhas, ele vai lá e nham, come tudinho, não sobra uma patinha...ah ele faz isso com baratas tbém mas é esperto e não come, só mata batendo bem as patas em cima delas e deixa o cadáver lá.

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  2. Eca, que estômago!
    A ideia é ótima, mas agora que estou quase me apegando às lagartixas, tô até com peninha delas.
    Obs: Acho que a Baby fugiu.

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