quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

VOLTAR PARA KRYPTON É PRECISO


Com o tempo, a gente aprende que certas coisas são imprescindíveis para a nossa vida. Por mais independente que você seja, quando grande parte dela passa a ser dividida entre o seu homem e o seu emprego, você começa a sentir falta de algo mais...
Já é lugar-comum dizer que devemos dedicar um tempo a nós mesmas, se permitir um "carinho" (leia-se ir no cabelereiro, no esteticista, malhar o dia inteiro, vida de artista, hehehe). Mas tem algo ainda mais importante: Retornar às origens.
Hoje eu simplesmente PRECISO de um tempo com a MINHA família, com as MINHAS amigas, fazendo os MEUS programas no MEU tempo.
Veja, nada é mais eficaz que uma conversa de apenas 2 minutos com a minha mãe, ou um carinho das minhas irmãs (sempre seguido de alguma piada sarcástica sobre a própria desgraça) ou com o churrasquinho do meu pai. Isso é básico, sem isso eu não vivo. E a partir daí desenvolvemos a noção de que, pra se sentir inteiro, precisamos buscar retomar, às vezes, alguns caminhos que são nossos, mas dos quais desviamos, ocasionalmente, pelos mais diversos motivos. Sem problema, faz parte da vida experimentar rotas alternativas (graças a Deus!), mas também é importante sabermos sempre o caminho de volta pra casa - e por "casa"eu me refiro aos nossos portos-seguros.
Tenho sentido isso muito seguidamente com relação às minhas amigas, com as quais mantenho laços que, se Deus quiser, perdurarão até que nossas bundas despenquem (o que, espero, jamais ocorra, portanto). Elas são essenciais para a manutenção do meu humor e fazem parte da minha história de vida enquanto ser único e individual. Nosso vínculo só diz respeito a mim e a elas.
Esse sentimento se fortaleceu com a minha chegada em Torres, pra onde vim descansar e passar uns dias com os meus avós. Foi como voltar a Krypton e se energizar para mais um ano de combates heróicos e guerras insanas. É como se tivessem me ligado na tomada pra carregar a bateria, porque foi aqui que eu cresci, há belezas que só eu vejo, detalhes que só eu percebo.
Parece insistência essa coisa de repetir tanto "eu, eu, eu", mas o fato é que, se somos a soma de todas as experiências adquiridas durante a vida, devemos manter (ou, ao menos, retomar de vez em quando) aquilo que nos acrescentou algo positivo e nos tornou mais feliz. Não se pode ter medo (ou, pior, preguiça) de fazer o caminho de volta quando já se desbravou o mundo.
Por isso, sugiro que todos sempre guardem um pedacinho de pão para atirar pelo caminho. Mais cedo ou mais tarde, você vai precisar voltar pra casa e recarregar a bateria.

Um comentário:

  1. Milga Querida, amei este texto! Torres te deixou mais inspirada do que nunca.

    Bj e saudades, Juli

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